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Exposição “Museu Baldio” reúne obras de mais de 50 artistas gaúchos na Casa de Cultura Mario Quintana

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Exposição “Museu Baldio” reúne obras de mais de 50 artistas gaúchos na Casa de Cultura Mario Quintana Foto: Kevin Nicolai/Divulgação

A Casa de Cultura Mario Quintana, instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), abre na terça-feira (22/6), a exposição Museu Baldio. A mostra, que reúne obras sustentáveis de mais de 50 artistas gaúchos e de outros estados do País, ocupa o Espaço Maria Lídia Magliani, junto ao Jardim Lutzenberger. A visitação é mediante agendamento prévio.

O coletivo de artistas idealizado por Marcelo Chardosim desenvolve ações transversais entre arte, sustentabilidade, soluções ambientais e iniciativas de inclusão social, em áreas degradadas e vulneráveis de Alvorada, município com os piores índices sociais da região metropolitana. As experiências sociais e artísticas construídas nos locais ocupados pelo Museu Baldio surpreendem pelo apelo estético na mostra coletiva de bioconstrução, cerâmica, processo têxtil, trabalhos impressos, fotos e videoclipes gravados nos espaços que o coletivo chama de “Badlands” de Alvorada.

Conceitualmente, o Museu Baldio é um espaço vivo, comunitário, a céu aberto e expandido.  “É um museu da arte de produzir memórias, cuidar da terra, preservar e fazer culturas, experimentar espaços vivos com arte, fuga, poesia, convivência, cura, reencantamento, pesquisa e bioconstrução social. As pessoas passam, observam, interagem, contam histórias, deslocam resíduos, plantam árvores, criam afetos e dão novos sentidos para as terras baldias e improdutivas”, explica Marcelo Chardosim.

O organizador da exposição relata que a iniciativa deu os primeiros passos, em 2015, a partir da necessidade de recuperar ambiental e socialmente uma área de 200 hectares, degradada ao longo de décadas por desmatamento, erosão e depósito clandestino de lixo. A ocupação com ações de arte, educação, lazer, esporte e reflorestamento vem restabelecendo o ecossistema, que abriga as nascentes do Arroio Stella Maris e do Arroio Feijó, cursos d’água tributários da bacia hidrográfica do Rio Gravataí. Nascia assim, a partir da mobilização comunitária e da intervenção artística, ainda que de forma não oficial, o Parque da Solidariedade.

No horizonte das intervenções comunitárias, o projeto vislumbra a oficialização do terreno como ecogeoparque. As ações do Museu Baldio já se ramificaram pelo Espaço Umbuntu, na comunidade do Umbu – área de extrema vulnerabilidade social do município –, e no Beco das Artes, ocupação cultural do espaço público em outra comunidade carente de Alvorada. “Espaços físicos, virtuais, sociais e psicológicos são ocupados com práticas da cidadania e da participação comunitária. Os artistas baldios trabalham ética e criticamente entre águas, terras, ruas, terrenos baldios, becos, aplicativos, hortas, paradas de ônibus, calçadas, lixo, pátios, postes, canteiros, bares, internet, jardins, florestas, vagas, instituições públicas, organizações, áreas poluídas, degradadas e vossorocadas”, ilustra Marcelo Chardosim no texto de apresentação da exposição.

Exposição Museu Baldio

Onde: Espaço Maria Lídia Magliani e Jardim Lutzenberger (5º andar da CCMQ – Andradas, 736 – Centro Histórico de Porto Alegre).
Quando: a partir de 22 de junho.
Horário: segundas a sextas-feiras, das 10h às 18h. Sábados, das 13h às 18h, mediante agendamento prévio.
Como agendar: pelo e-mail [email protected] ou em cultura.rs.gov.br/agendamento.

terça-feira, 22 a 22 de junho de 2021

Espaço Maria Lídia Magliani e Jardim Lutzenberger (5º andar da CCMQ – Andradas, 736 – Centro Histórico de Porto Alegre)

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