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Exposição “Nosso Lugar ao Sol” discute a fetichização e a censura ao corpo feminino

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Exposição “Nosso Lugar ao Sol” discute a fetichização e a censura ao corpo feminino
A abertura da mostra Nosso Lugar ao Sol, da artista visual Rochele Zandavalli, acontece nesta quinta (28/11), às 19h, no Centro Cultural da UFRGS. A mostra integra a comemoração dos 85 anos da UFRGS e tem curadoria da historiadora e crítica de arte Paula Ramos. Por meio das dualidades juventude e impermanência; natural e artificial; desejo e consumação; efêmero e permanente; e vida e morte, a mostra traçará uma perspectiva dos trabalhos desenvolvidos pela fotógrafa, buscando também dialogar sobre a fetichização e outros aspectos do corpo feminino. Nosso Lugar ao Sol insinua uma narrativa, por meio de imagens de um jovem que perambula em meio à vegetação, observando tudo através de uma lupa. Essa lupa – uma metáfora para a própria câmera fotográfica – revela novas formas e brilhos, novas camadas de realidade, num caminho até a quase abstração, sugerindo também o processo de pertencimento e comunhão com a natureza. O segundo eixo da exposição discute as imagens em torno do feminino e dos valores e ornamentos imputados à mulher ao longo dos tempos. A partir da apropriação de fotografias antigas e de uma sequência de intervenções nas imagens – como incisões, cortes, bordados, justaposição a suportes como pequenas toalhas de crochê ou mesmo a adoção de esmalte para unhas como recurso pictórico -, Rochele explicita a fetichização da mulher. A reflexão sobre o feminino atravessa, igualmente, o vídeo Freethenipple, comentário crítico à censura imposta aos mamilos femininos em redes de compartilhamento de imagens. Produzido a partir da captação de centenas de imagens censuradas nas plataformas digitais, o vídeo evidencia como o corpo feminino vem sendo constantemente violentado. – As intervenções censurantes utilizadas para garantir a circulação das fotografias são muitas, desde poses e objetos em frente aos seios, passando por tarjas, riscos, emojis, pixeis, blur, até o ponto de serem a completa retirada digital do mamilo. Resta um seio artificializado, ultrajado e negado. E isso significa muito – diz a artista. A mostra permanece aberta para visitação do público até 1º de fevereiro de 2020, com entrada franca. Seg a sex das 9h às 19h

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