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Juçara Gaspar no último episódio da série “Confessionário – Relatos de Casa”

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Juçara Gaspar no último episódio da série “Confessionário – Relatos de Casa” Cartaz. Foto: Tatiana Dutra/Divulgação

O ambiente doméstico é o mais seguro para crianças e adolescentes – mas, infelizmente, não para todas. Dados do governo federal indicam que 70% dos casos de violência sexual contra menores ocorrem dentro de casa. Em mais de 90% dos casos o agressor é um parente ou pessoa próxima à família. E as estatísticas indicam que, em média, 18 mil crianças são vítimas de violência doméstica por dia.

Essa terrível realidade será fio condutor do último episódio da 3ª temporada da websérie Confessionário – Relatos de Casa, que será exibida nesta segunda (26/4), às 19h, no YouTube.

No programa, a atriz Juçara Gaspar conta um doloroso relato pessoal: aos 10 anos, foi vítima de abuso sexual por parte de um familiar. Ela só conseguiu quebrar o silêncio e compartilhar sua dor com a família há cerca de três anos.

“A gente afasta essas memórias. Mas quanto mais tu te encara a frio, mais tu te liberta, mais tu consegue falar, mais quebra o silêncio, mais fica forte e consegue, inclusive, fortalecer outras, ou auxiliar no fortalecimento de outras”, afirma a atriz em seu depoimento.

Consciente da dificuldade que as vítimas têm em elaborar a violência sofrida, Juçara valoriza a criação da Lei Joanna Maranhão, aprovada em 2012. A legislação estabelece que o prazo de prescrição de abuso sexual de crianças e adolescentes seja contado a partir da data em que a vítima completa 18 anos.

“É preciso estar fortalecida para contar essas memórias”, comenta.

Também na segunda (26/4), mas às 20h, vai ao ar a live E os Filhos, Como Ficam?, no canal do Confessionário no YouTube. No programa, a atriz e diretora Deborah Finocchiaro – que idealizou o projeto junto com o cineasta Luiz Alberto Cassol – explora outro tema tabu: os filhos vítimas da violência doméstica. 

Além das agressões físicas e sexuais, será abordada a polêmica Lei de Alienação Parental. Advogadas, psicólogas e coletivos de mães têm apontado casos em que essa legislação é usada para silenciar mulheres e beneficiar homens. A lei é inspirada em um conceito criado pelo psiquiatra norte-americano Richard Gardner (mais tarde acusado de pedofilia), a Síndrome de Alienação Parental.

segunda-feira, 26 de abril de 2024 | 19h00

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