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Sarau Voador no Gravador Pub

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Sarau Voador no Gravador Pub
O Sarau Voador – Literatura e Improvisos Transcriados pousa nesta quinta (27/9), às 20h, no Gravador Pub para celebrar Nelson Coelho de Castro. Com o tema Vamos Nelson!, a atriz Deborah Finocchiaro e o jornalista Roger Lerina recebem, além do homenageado, o poeta Diego Grando, do Sarau Elétrico, tradicional evento de literatura que se realiza em Porto Alegre. O artista visual Alexandre Carvalho irá realizar pinturas ao vivo. Diego Grando é autor de Desencantado Carrossel, Sétima do Singular e o in-fólio 25 Rua do Templo / Palavra Paris. No início desse ano lançou Spoilers, um livro de poesia essencialmente sobre o tempo, desenvolvido como parte de sua tese de doutorado em letras na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O livro apresenta a crueza do que é o passar desse tempo, as urgências, desejos e impossibilidades que ele nos impõe. Porto-alegrense de fé e jornalista por formação, Nelson Coelho de Castro abandonou a profissão para se dedicar inteiramente à música. Depois de estrear na famosa Roda de Som de Carlinhos Hartlieb (1975) e fazer seu primeiro espetáculo, E o Crocodilo Chorou, com sua banda Olho da Rua (1978), veio o reconhecimento. Em 1978, participou do primeiro disco de música popular de Porto Alegre, o antológico Paralelo 30, com Rasa Calamidade, que faz um retrato da Vila Cruzeiro do Sul, sua miséria e sua luta. Um artista bem à frente do seu tempo, foi Nelson quem “inventou” o financiamento coletivo para gravação de disco independente no Rio Grande do Sul. Naquela época, o dinheiro para seu primeiro álbum foi arrecadado com a venda de bônus – venda do disco antecipada, e seus “coprodutores” tiveram seus nomes na contracapa. – Fiz o primeiro disco independente gaúcho em 1981. Era isso ou ir embora, e eu quis fazer aqui mesmo. Fico orgulhoso não por ter feito o primeiro, mas por ter demonstrado aos demais artistas que esse caminho era possível – explica. Nelson Coelho de Castro vestiu a camiseta de Porto Alegre e em suas letras sempre cantou sistematicamente os bairros da cidade, como na músicas Cristal, Sertório, Partenon e IAPI: – Uma vez estava escutando uma música do Caetano Veloso, e ele citava partes da Bahia. A gente sempre escutou partes de São Paulo, Rio de Janeiro, das pessoas cantando essas cidades, e quando nos bailes de Carnaval a gente cantava Cidade Maravilhosa, aquilo era nosso, o Rio de Janeiro era nosso. Mas eu ficava com medo que a gente não cantasse o seu reduto, não se desse conta que existiam canções nossas. Então comecei a colocar nas minhas músicas, mas não com esse escopo de nominar para ficar conhecida. Mas primeiro pelo gosto, pelas palavras e pelas imagens que isso pudesse significar, e também por um subterrâneo de fazer isso vir à luz. Sem pretensão alguma. Quinta 20h

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