Agenda | Notas | Teatro

Silvero Pereira, Jéssica Teixeira e Maicyra Leão na programação do Encruzilhada Nordeste(s)

Change Size Text
Silvero Pereira, Jéssica Teixeira e Maicyra Leão na programação do Encruzilhada Nordeste(s) Silvero Pereira. Foto: Divulgação/Itaú Cultural

O Itaú Cultural realiza a última semana do Encruzilhada Nordeste(s): (contra)narrativas poéticas no Cena Agora, a partir desta quinta-feira (27/5) até domingo (30/5). Reunindo olhares sobre a região que ultrapassam os limites geográficos, nos últimos quatro dias participam Jéssica Teixeira, Silvero Pereira, Maicyra Leão e os grupos Coletiva Teatral Es Tetetas, Pandêmica Coletivo Temporário de Criação, Cia. Pão Doce Cia. de Artes Fiasco e Cia. Biruta de Teatro.

Integralmente online e gratuito, o Cena Agora é realizado de quinta-feira a sábado, às 20h, e no domingo, às 19h, pela plataforma Zoom. As curtas apresentações são seguidas por conversas dos elencos com críticos e artistas convidados. Os ingressos devem ser reservados via Sympla, pelo site do Itaú Cultural.

Programação completa 

Na quinta-feira (27/5), a atriz, produtora, diretora e roteirista cearense Jéssica Teixeira apresenta Lugar de Falta, cena na qual ela aborda a não fala e a não escuta, mas sim a falta, a escassez, o lugar de sentir vazio e sentir muito. Na sequência, a Coletiva Teatral Es Tetetas, composta pelas artistas Kika Sena, Sarah Bicha e Brenn Souza, do Acre, fazem uma releitura da obra A Invenção do Nordeste. Nela, é proposto um rompimento das noções de dor e sofrimento vinculadas à imagem da região e dos nordestinos, retomando memórias ancestrais soterradas. A gestora cultural acreana Karla Martins conduz o bate-papo que encerra a noite.

A carioca Pandêmica Coletivo Temporário de Criação abre a programação da sexta-feira (28/5) com Interurbana. Dirigida por Juracy de Oliveira, a cena faz ligações interurbanas e questiona: quanto de você é Nordeste? Quanto de Nordeste sai de você sem precisar nem mesmo dizê-lo? Nesta noite também se apresenta o ator cearense Silvero Pereira, com Ser tão Nordeste, mini-doc permeado por um olhar de afeto sobre três gerações de sua família, abordando, assim, passado, presente e futuro, realidade, perspectivas e sonhos. A conversa, depois, é mediada pelo diretor amazonense Francys Madson.

No sábado (29/5), Constança, da Cia. Pão Doce, de Mossoró, no Rio Grande do Norte, mostra as buscas cênicas e sonoras do grupo, fugindo do senso comum e bebendo na poesia e na nordestinidade do rap-repente. Retalhos Mouriscos, da artista sergipana Maicyra Leão, é uma epopeia subterfúgica repartida entre a história de migração no Nordeste, a trajetória particular de sujeitos em devir retirante e a criação de uma criança declarada nordestina. A proposta é povoar a noção de nordestinidade com resíduos de atravessamentos culturais para além da tríade africano-índio-europeu, mais precisamente com borraduras árabes. Karla Martins conversa com os convidados ao final das cenas.

No domingo (30/5), que tem o encontro mediado novamente por Francis Madson, quem abre a noite é a Cia de Artes Fiasco, de Rondônia. Com Ave de Arribação, a trupe aborda de forma poética o revoar, que, neste caso, é levantar o próprio corpo e a terra ao redor. Notícias do Dilúvio — Um Canto a Canudos, da Cia Biruta, da cidade pernambucana de Petrolina, entrelaça referências às práticas culturais populares do sertão em um registro histórico da participação de mulheres na Guerra de Canudos. As personagens Das Dores e Dos Anjos, em oração, rememoração e alucinação no espaço/tempo, navegam uma das mais importantes experiências de resistência popular do país.

quinta-feira, 27 a 27 de maio de 2021 | 20h00

RELACIONADAS
PUBLICIDADE

Esqueceu sua senha?