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Laércio de Menezes apresenta a exposição “Deus da Humanidade”

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Laércio de Menezes apresenta a exposição “Deus da Humanidade” Foto: Lisa Roos/Divulgação

Ao longo das últimas 50 décadas o dilema moderno do capitalismo x dominação = destruição foi extensivamente estudado por ecologistas, cientistas, escritores e cineastas. Foi tema de grandes obras. O dinheiro tudo salva, tudo move – ou tudo destrói. É exatamente esse argumento central da mostra híbrida Deus da Humanidade, que o artista Laércio de Menezes inaugura, nesta quinta (8/4), na Gravura Galeria de Arte.

Nas obras pictóricas do artista, o assunto social e ecológico é claramente exposto, através de elementos inseridos nas composições. Estas linguagens, colagens mescladas à pintura, remetem à pop art inglesa e americana, por utilizar um elemento cultural cotidiano e ressignificá-lo – e é agora incorporado pelo artista como construção da paisagem, juntamente com cores puras que nos remetem ao movimento artístico fauvismo, e pinceladas que sugerem um desenho quase caligráfico com uma justaposição que lembra o impressionismo.

“Adoração”. Foto: Lisa Roos/Divulgação

O Fauvismo foi um movimento artístico heterogêneo associado à pintura e teve sua origem na França no início do século XX. Essa tendência foi desenvolvida entre os anos de 1905 e 1907. A principal característica desse movimento foi a utilização da cor pura, sem misturas, de modo a delimitar, dar volume, relevo e perspectiva às obras. Já os pintores da arte impressionista costumavam produzir suas telas ao ar livre. A intenção era capturar as tonalidades que os objetos refletiam segundo a iluminação solar em determinados momentos do dia.

“Totem”. Foto: Lisa Roos/Divulgação

As composições quando geométricas são cuidadosas e a paleta de cores joga bem com o grafismo e coloração insinuada do dinheiro, impresso com linhas muito finas. “Já nas infografias o dinheiro cobre, sem pudor nenhum, as imagens que remetem a reis, profetas e à tão sacra e simbólica cruz, objeto de pura adoração. Tudo é feito dele, incluindo a figura humana. É dourado, reluzente, é chocante, é cru. É nu”, explica Laércio.

Laércio de Menezes nasceu em Bagé em 1956 e atualmente reside em Porto Alegre. É autor do livro de fotografias em preto e branco O de marítima inspirado nas belezas das praias banhadas pelos Oceanos Pacífico e Atlântico publicado em 2018. Foi professor de fotografia na UCS (Universidade de Caxias do Sul) e na ULBRA (Universidade Luterana do Brasil).

A mostra segue aberta até o dia 30 de abril, com visitação controlada de até três pessoas por horário. Acompanhe também pelas redes sociais da galeria (@gravuragaleriadearte).

“The End”. Foto: Lisa Roos/Divulgação

quinta-feira, 08 a 30 de abril de 2021 | 09h30 - 18h30

Gravura Galeria de Arte (Rua Corte Real, 647 – Petrópolis)

Entrada franca

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