Artes Visuais | Notas

Obra de Beatriz Milhazes ganha grande exposição panorâmica

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Obra de Beatriz Milhazes ganha grande exposição panorâmica Beatriz Milhazes. Foto: Vicente de Paulo/Divulgação

Beatriz Milhazes: Avenida Paulista, exposição que o Itaú Cultural e o Museu de Arte de São Paulo (MASP) realizam em conjunto, percorre o arco de produção da artista entre 1989 a 2020 e revela o desdobramento de seu trabalho para outros suportes além da pintura.

Com cerca de 170 obras, a mostra contém obras inéditas nas duas instituições e torna-se a maior exposição de Beatriz já vista pelo público. A exposição abre neste sábado (12/12), no Itaú Cultural, e 18 de dezembro, no MASP. 

Com curadoria de Ivo Mesquita, o recorte exposto no Itaú Cultural apresenta gravuras, colagens e algumas acrílicas. No Masp, os curadores Adriano Pedrosa e Amanda Carneiro, reuniram pinturas, em grandes e pequenos formatos, além de esculturas e desenhos.

— Esta exposição traz uma ampla panorâmica do trabalho de Beatriz e permite que o público veja grande número de trabalhos feitos por ela em diferentes etapas, confrontando pintura, gravura e colagem — diz Ivo Mesquita.

A artista comemora a mostra, que vem sendo idealizada desde 2018, não somente pela sua abrangência e diversidade, como também pelo que representa neste momento.

— Depois de tanto tempo de clausura, vivenciada no mundo todo, entrar em contato com a arte abre outras perspectivas, alegria, esperança, poesia — diz ela. “A arte tem esse poder e vamos procurar reforçá-lo tentando modificar esse momento, nem que seja por instantes.”

No Itaú Cultural, Beatriz Milhazes: Avenida Paulista ocupa os três andares do espaço expositivo, com 79 obras – três delas, inéditas: Havaí em amarelo vibrante, Cor de pele e Giro horizontal. Entre colagens, gravuras e um minidocumentário sobre a obra da artista, realizado pelo Núcleo de Audiovisual e Literatura do Itaú Cultural, no piso 1 se alinham 18 trabalhos de modo amostrar as estratégias da artista na construção do plano nos diferentes suportes. 

O título da mostra remete a Avenida Brasil, uma pintura da artista, do início dos anos 2000. Hoje, ela faz referência ao endereço das duas instituições que co-organizam essa exposição. Avenida Paulista também é o nome de uma obra que a artista realizou especialmente para ser exibida no MASP.

No museu, a galeria do segundo subsolo contempla 50 pinturas de grandes dimensões em estruturas autoportantes que permitem a visualização das obras frente e verso. Do teto, pende a escultura Gamboa (2010-20), que será também o cenário para o palco das apresentações da Márcia Milhazes Companhia de Dança.

No mezanino do MASP, são apresentadas 12 pinturas de pequenos formatos, de até 1 metro, em uma atmosfera mais intimista que servem de caminho para a galeria do primeiro subsolo, onde mais pinturas estão expostas junto a uma série de sete desenhos inéditos intitulada Aleluia, que ela fez durante o período que permaneceu em isolamento social, a gravura Jamaica (2006-7) e a tapeçaria Carioca (2007-08).

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