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Cuscobayo diverte e faz pensar com seu chegueden

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Cuscobayo diverte e faz pensar com seu chegueden
Depois do single O Brasil Vai Acabar, a Cuscobayo vai lançar a música Desafogo nesta sexta-feira (17/7). A nova faixa estará no segundo disco da banda porto-alegrense, chamado Não É Bem Assim, que será lançado em breve pela Natura Musical. Desafogo traz uma sonoridade que mergulha entre o folk e o reggae, enquanto a letra fala sobre a arte como processo de cura. Um tema bastante relevante nestes tempos em que muitas pessoas têm se entretido com produções artísticas para ajudar a trazer um respiro, enquanto o mundo atravessa a pandemia da Covid-19.  “Quando terminamos nosso primeiro disco, Cuscobayo, de 2016, ficamos satisfeitos, mas com uma sensação nítida: talvez aquele conteúdo não trouxesse ao público o espírito do tempo que queríamos passar”, diz o vocalista Rafael Froner, que lembra que as composições do álbum de estreia foram feitas entre 2011 e 2014, um período de certa esperança que, a partir de 2016, mudou totalmente o rumo. Bom, com toda certeza essa sensação não se repetirá em Não É Bem Assim. Formada por Marcos Sandoval (voz e cajon), Alejandro Montes (trompete), Rafael Froner (voz e violão), Pedro Ourique (baixo) e Rafael Castilhos (percussão), a Cuscobayo destaca-se em uma recente cena musical porto-alegrense que inclui grupos como Bombo Larai, Farabute e La Digna Rabia, todos influenciados por ritmos tradicionais e contemporâneos latino-americanos e por artistas como o músico francês Manu Chao.  Na entrevista exclusiva a seguir, o vocalista, violonista e compositor Rafael Froner fala sobre a canção Desafogo e o disco Não É Bem Assim, propõe uma ponte que conecte a música latino-americana com a brasileira, ressalta a importância social da arte nesta época de isolamento social e deposita alguma esperança no futuro do país, apesar dos equívocos políticos: “O Brasil optou por esse desastre, mas sabemos que nada é para sempre e que somos, sim, melhores que isso”.   Vocês já lançaram dois singles do próximo disco. Enquanto a primeira canção, O Brasil Vai Acabar, tem um tom pessimista, Desafogo, a nova música, acena com esperança no verso final “A arte vai salvar o mundo”. O álbum Não É Bem Assim será mais sombrio ou solar? Podemos dizer que ambas as coisas. Uma das primeiras lições que tiramos desse disco, logo na época da seleção das canções, foi que temos um material que trabalha bastante com luz e sombra, peso e leveza, pessimismo e otimismo, enfim, polaridades, extremos, tanto em termos sonoros quanto líricos. Em comparação com nossos antigos trabalhos, podemos dizer que conseguimos evoluir o nosso estilo, de forma que o dançante está mais dançante, o pesado mais pesado, o crítico mais crítico, o suave mais suave e o alegre mais alegre. Dentro dessas polaridades, encontramos a medida certa para ter um álbum variado, porém equilibrado e harmonioso.   As sonoridades populares da América hispânica – tanto tradicionais como a murga, o candombe, a milonga e a chacarera quanto contemporâneas como a cumbia callejera e a descarga tropical – sempre fizeram parte do caldo de referências da banda, batizado por vocês de “chegueden”. Essas influências também terão lugar de destaque no novo disco? Com certeza. O […]

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