Artigos

“Disforia” confronta psicólogo com fantasmas do passado

Change Size Text
“Disforia” confronta psicólogo com fantasmas do passado
O suspense de terror psicológico Disforia, dirigido por Lucas Cassales, estreia nas plataformas de streaming nesta sexta-feira (26/6). O filme estará disponível no Net Now, Google Play, Itunes, Vivo Play, Looke e YouTube Filmes. O longa estreou nos cinemas no dia 12 de março, mas teve sua carreira interrompida devido à pandemia de Covid-19. – A expectativa para o lançamento é grande, visto que investimos um grande esforço no lançamento nas salas e fomos nocauteados pelo avanço do Covid-19, que fechou inúmeros cinemas na nossa semana de lançamento. É a oportunidade de oferecermos para o público um filme denso, sensorial, feito com muito carinho e uma equipe incrível – comenta o jovem realizador. Na história de Disforia, o psicólogo Dário (Rafael Sieg) sofre pela dificuldade em se recuperar de um acontecimento assustador de seu passado, relacionado a sua mulher, Silvia (Juliana Wolkmer). Recomendado pela colega Tânia (Janaina Kremer), ele passa a tratar da menina Sofia (Isabella Lima), que vem sofrendo ataques de raiva. O contato com a pequena paciente despertam sensações estranhas e perturbadoras em Dário, além do sentimento de culpa. Atormentado, ele precisa encarar o passado e o mistério envolvendo o pai (Vinícius Ferreira) e a avó (Ida Celina Weber) de Sofia. Disforia estreou no ano passado no 47º Festival de Cinema de Gramado, na mostra de longas-metragens gaúchos, e conquistou o prêmio de Melhor Direção na Rio Fantastik Festival 2019. O filme marca a estreia de Lucas Cassales na direção de longas-metragens. Formado em Cinema e mestre em Comunicação Social pela PUCRS e sócio fundador da Sofá Verde Filmes, Cassales é roteirista, diretor e produtor. Roteirizou e dirigiu quatro curtas-metragens, entre eles O Corpo, ganhador dos Kikitos de Melhor Curta-Metragem Brasileiro e Melhor Fotografia no Festival de Cinema de Gramado de 2015. Na entrevista a seguir, Lucas Cassales fala de sua estreia no longa com Disforia, pós-terror brasileiro, audiovisual em tempos de pandemia e desmonte de políticas culturais públicas e projetos futuros. Como foi o desenvolvimento do roteiro de Disforia? O roteiro do Disforia passou por algumas idas e vindas desde sua semente, em 2013, quando o Thiago Wodarski e eu nos reunimos pros primeiros esboços, que tinham mais influência de (David) Cronenberg e (John) Carpenter, sendo também bem mais visual e explícito. Também possuía uma carga maior do thriller investigativo, com um tom de “caça às pistas”. Ao mesmo tempo que eu me preparava para rodar O Corpo, também concluía meu mestrado em Comunicação Social, que abordava diretamente as obras de Michael Haneke. Esses fatores já me inclinavam naturalmente a tornar o Disforia um filme mais onírico e sensorial, apostando mais nos silêncios e na representação sonora e visual da espiral rumo a um pesadelo do protagonista Dário. Tanto no curta O Corpo quanto no longa Disforia, o silêncio e o que permanece não dito têm importância central na construção do clima dos filmes. Comente sobre essa característica comum em suas produções, por favor. Em ambos me interessava criar um pesadelo imersivo, que vinha desde o conceito […]

Quer ter acesso ao conteúdo exclusivo?

Assine o Premium

Você também pode experimentar nossas newsletters por 15 dias!

Experimente grátis as newsletters do Grupo Matinal!

RELACIONADAS
PUBLICIDADE

Esqueceu sua senha?