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“Construção” é o melhor filme do Prêmio Assembleia Legislativa – Mostra Gaúcha de Curtas

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“Construção” é o melhor filme do Prêmio Assembleia Legislativa – Mostra Gaúcha de Curtas Foto: Edison Vara/Pressphoto/Divulgação

A noite de premiação do 17º Prêmio Assembleia Legislativa – Mostra Gaúcha de Curtas foi repleta de expectativas e emoção. Realizada à distância pela primeira vez, a cerimônia contou com os recursos tecnológicos para aproximar as equipes.

Transmitida ao vivo pelas redes sociais do Festival de Cinema de Gramado direto do Palácio dos Festivais, os concorrentes nas categorias Melhor Atriz, Melhor Ator, Melhor Direção e Melhor Filme aguardaram o resultado ao vivo, no telão. 

O grande vencedor como Melhor Filme é Construção, de Leonardo da Rosa, que também leva para a casa o prêmio de Melhor Direção e Melhor Montagem para André Berzagui e Arthur Amaral.

Construção narra a história de Andréia que depois de despejada de sua casa volta para a comunidade de Getúlio Vargas com seus filhos Augusto, Gustavo e Bruno e inicia, com a ajuda deles, a construção da casa própria. 

— A gente como universitário sempre almejou estar na Mostra Gaúcha de Gramado. Só tenho a agradecer ao Festival. Estou muito feliz, todos os concorrentes foram produções muito cuidadosas. Quero agradecer também à UFPel (Universidade Federal de Pelotas) por dar todo esse apoio para nós, isso só mostra a força da universidade pública. Tenho que agradecer também a toda equipe que fez parte do filme e principalmente à Andreia e aos filhos, que foram o alicerce da história — comenta Leonardo. 

Deserto Estrangeiro, de Davi Pretto, venceu em três categorias: Melhor Ator, para Mauro Soares, Melhor Atriz para a atriz e performer portuguesa Isabél Zuaa, que também participa do longa brasileiro em competição Um animal amarelo, e Melhor Fotografia, para Luciana Baseggio.  

— Para mim é muito importante estar perto do cinema brasileiro a esta altura. Fico muito agradecido e comovido por isso, o cinema brasileiro é de grande qualidade — agradece Mauro Soares.

Deserto estrangeiro conta a história de um jovem brasileiro que recém começou a trabalhar em uma imensa floresta em Berlim, e é arrastado para um pesadelo envolvendo o passado colonial alemão quando tenta encontrar uma garota perdida na mata. 

Desencanto recebeu Melhor Roteiro para Richard Tavares, Sopa Noir ganhou Melhor Direção de Arte para Alice Sperb e Thiago Dorsch, Magnética venceu na categoria Melhor Música para Valmor Pedretti, Melhor Edição de Som foi para Gabriel Portela, para Letícia Monte Bonito 04, e Melhor Produção Executiva para Matheus Heinz de Lacrimosa.

Este ano, foram 113 produções inscritas, de 17 cidades. A Comissão de Seleção composta pelo diretor e roteirista Lucas Cassales, pela produtora Tatiana Behar, pelo publicitário e servidor da Assembleia Legislativa Rafael Severo, pelo crítico Yuri Correa, e pela produtora Gisele Hiltl.  

Já o júri formado pelo jornalista, crítico e pesquisador Adriano Garret, pela cineasta e professora universitária Karla Holanda, pelo produtor executivo Fernando Dias, pela atriz, educadora e presidenta da Academia Paraibana de Cinema, Zezita Matos e pela produtora cultural e diretora do Icumam Cultural e Instituto Maria Abdalla teve a responsabilidade de escolher os vencedores da noite. 

A emoção extra ficou por conta dos depoimentos de nomes como o do fotógrafo e diretor de cena Gilberto Perin, do cineasta Boca Migotto, do ator Sirmar Antunes, do montador Giba Assis Brasil, do cineasta José Pedro Goularte, do ator Werner Schünneman, do cineasta e roteirista Jorge Furtado e da jornalista e produtora cultural Alice Urbim

O ator e locutor, João França, que faleceu em março, foi lembrado por ajudar a organizar a categoria no Rio Grande do Sul e também, pela sua generosidade recebeu uma homenagem especial in memoriam. 

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