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Documentário registra a tragédia da pandemia

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Documentário registra a tragédia da pandemia Drauzio Varella. Foto: Movi&Art/Divulgação

O documentário SARS-CoV-2 / O Tempo da Pandemia (2021), que teve pré-estreia mundial na 45ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, chega aos cinemas nesta quinta-feira (18/11). O filme dirigido por Eduardo Escorel e Lauro Escorel entrevista médicos e especialistas em saúde pública que, sob a liderança de Paulo Chapchap, aceitam a missão de colaborar no combate ao coronavírus e integrar a iniciativa Todos pela Saúde. O médico convida então Drauzio Varella, Eugênio Vilaça, Gonzalo Vecina, Maurício Ceschin, Pedro Barbosa e Sidney Klajner para decidir que medidas tomar com o objetivo de salvar vidas. 

Os médicos avaliam o caráter trágico e inesperado da pandemia, além dos altos índices de mortes que assolaram a população. Os problemas de gestão também são pauta do debate, bem como a dificuldade em se manter otimista.

Gonçalo Vecina avalia que “o vírus veio nos mostrar como nós somos uma sociedade desigual e o que mata não é ele, é a desigualdade”, enquanto Drauzio Varella ressalta a necessidade de “entendermos que a desigualdade social não é um destino final do Brasil”. Já Paulo Chapchap relembra a colapso da saúde ocorrido em Manaus devido à falta de um simples equipamento respiratório. 

Além dos depoimentos do comitê gestor, o filme reúne relatos emocionantes de sete profissionais da linha de frente, atuantes em São Paulo e Manaus, sobre a experiência de cuidar de pacientes e idosos durante a pandemia de covid-19. O documentário foi rodado em abril e maio de 2021, o que exigiu cuidados especiais da equipe em relação aos protocolos sanitários e logística necessária para as filmagens em São Paulo e Manaus, além de uma diária em Belo Horizonte. A montagem também foi feita à distância, com um dia presencial em uma ilha de edição.  

Foto: Gustavo Michelin/Divulgação

Seis dos sete médicos e especialistas integrantes do comitê gestor do Todos pela Saúde foram entrevistados em um teatro, em São Paulo – o sétimo integrante do comitê, em um estúdio, em Belo Horizonte. Os sete profissionais da linha de frente foram acompanhados, de forma geral, em seus locais de trabalho – hospitais, uma instituição de longa de permanência de idosos, em Manaus e São Paulo. Além disso, locais no Estado de São Paulo e Amazonas relacionados aos eventos – desde a nova fábrica de vacina do Instituto Butantan ao cemitério em Manaus e à usina de oxigênio em Tefé, entre outros – também compõem o documentário.  

Eduardo Escorel dirigiu, entre outros filmes, Lição de Amor (1975) e Ato de Violência (1980), Paulo Moura: Alma Brasileira (2013) e Imagens do Estado Novo 1937-45 (2016). Montou Terra em Transe (1967), Cabra Marcado para Morrer (1984), Santiago (2007) e No Intenso Agora (2017), entre vários títulos. Colabora com a piauí, escrevendo uma coluna semanal no site de revista. 

Já seu irmão Lauro Escorel dirigiu os filmes Sonho sem Fim (1986) e Fotografação (2020) e foi diretor de fotografia de, entre outros filmes, São Bernardo (1972), Toda Nudez Será Castigada (1973), Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia (1977), Bye Bye Brasil (1980), Brincando nos Campos do Senhor (1991) e Jogo Subterrâneo (2005) e Brincando nos Campos do Senhor

Lauro Escorel, Eduardo Escorel e Drauzio Varella. Foto: Gustavo Michelin/Divulgação

SARS-CoV-2 / O Tempo da Pandemia: * * *   

COTAÇÕES

* * * * * ótimo     * * * * muito bom     * * * bom     * * regular     * ruim

Assista ao trailer de SARS-CoV-2 / O Tempo da Pandemia:

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