Cinema | Notas

Sesc São Paulo apresenta Mostra de Cinemas Africanos

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Sesc São Paulo apresenta Mostra de Cinemas Africanos "O Último Refúgio" (2021) Foto: Les Films du Balibari

O Sesc São Paulo promove, de a 10 de outubro de 2021, a Mostra de Cinemas Africanos (MCA), que exibe 30 títulos de ficção e documentário de 16 países, a maioria inéditos no Brasil. O ciclo online e gratuito apresenta 12 sessões (dez longas e dois programas de curtas), legendados em português, além de curso e catálogo digital. 

Entre os destaques da programação estão exemplos recentes do cinema de gênero da África do Sul, Nigéria e Uganda, e curtas dirigidos por mulheres, com uma mostra competitiva simultânea com o Benin e uma seleção de produções árabes do norte da África. As exibições acontecem na plataforma Sesc Digital e contam com o apoio da Embaixada da França no Brasil e do Institut Français. 

Dos dez longas da mostra, oito são inéditos no Brasil. O principal foco curatorial deste ano é o cinema de gênero. O filme de abertura é Juju Stories (2021), do coletivo nigeriano Surreal 16, com três histórias de bruxaria dirigidas por C.J. Obasi, Abba Makama e Michael Omonua. “Em geral se vincula a ideia de cinema africano a filmes de arte ou político e sempre queremos quebrar esses estereótipos”, explica Ana Camila Esteves, que divide a curadoria com Beatriz Leal Riesco. Da África do Sul vêm o road movie feminista Flatland (2019), de Jenna Bass, e o policial ambientado no mundo do boxe Knuckle City (2019), de Jahmil X.T. Qubeka.

Um curso gratuito ministrado por Jusciele Oliveira, que lança luz sobre este tema, integra o evento. Outros títulos de ficção da MCA são o drama autoral nigeriano Para Maria (2020) sobre depressão pós-parto, de Damilola Orimogunje; o drama ambientado no universo da diáspora francesa Edifício Gagarine’ (2020), de Fanny Liatard e Jérémy Trouilh; o suspense ugandês A Garota do Moletom Amarelo (2020), de Loukman Ali; e o sobrenatural Você morrerá aos 20 (2019), de Amjad Abu Alala, do Sudão.

Os três longas documentais da seleção são produções ligadas à Argélia: Meu Primo Inglês (2019), de Karim Sayad, Rua do Saara, 143 (2019), de Hassen Ferhani, e O Último Refúgio (2021), de Ousmane Samassekou

Todos os filmes da mostra ficam disponíveis apenas em território brasileiro e serão exibidos durante toda a semana do festival, com exceção de Edifício Gagarine, online por 24 horas, e Você morrerá aos 20, com limite de 500 visualizações. O catálogo digital da mostra virá com material inédito, que inclui traduções de artigos de pesquisa sobre cinemas africanos, sinopses exclusivas e resenhas dos longas assinadas pelo crítico nigeriano Dika Ofoma.

Com curadorias compartilhadas com dois festivais, os programas de curtas expandem a abrangência dos núcleos de produção africana cobertos pela Mostra. O primeiro é fruto de parceria com a Mostra de Cinema Árabe Feminino (Brasil), que exibe sete filmes com temáticas, gêneros e formatos diversos. A curadoria é de Analu Bambirra e Ana Camila Esteves, e abrange Sudão, Tunísia, Marrocos, Egito e Argélia.

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