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As quatro estações de Thiago Ramil

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As quatro estações de Thiago Ramil Foto: Geórgia Macedo/Divulgação

Nesta quinta-feira (1º/4), o cantor e compositor Thiago Ramil lança o primeiro volume de seu novo trabalho: um álbum visual que mergulha fundo em sua musicalidade e narrativas, ancorado pelas nuances sonoras e cromáticas subliminares das estações do ano.

“Cada período do ano tem seu momento mais intenso. Assim como os EPs têm, cada um, a expressão mais forte de um conceito”, diz Thiago. “Apesar da maior intensidade de cada estação estar no meio, ela dialoga com as outras em suas transições. Assim também é o álbum completo”, explica o músico, que batizou o disco com a união dos títulos dos quatro volumes: O sol marca o Andar do tempo e a Imensidão do universo Todo dia.

Os quatro EPs receberam o cuidado de um produtor ou produtora musical diferente, além de um filme que acompanhará cada ato – totalizando quatro curtas-metragens a serem lançados semanalmente no canal de YouTube de Thiago Ramil, acompanhados de seu respectivo EP. “São álbuns com linguagens artísticas bem distintas, quatro caminhos diferentes com alguns elementos que se amarram por um fio condutor; tanto do ponto de vista musical, da minha composição, quanto visual, com a figura da Geórgia Macedo, bailarina e antropóloga, cuja performance permeia todos os vídeos como um dispositivo artístico”, conta.

O EP que abre o álbum visual, O Sol Marca, relacionado com o verão, chega às plataformas via selo Escápula Records e distribuidora Altafonte.  O disco reúne quatro canções de levadas mais solares, fincadas no cavaquinho, com narrativas poéticas mais sociais, externas – conceitualmente, é um álbum voltado para fora.

A produção musical é da dupla gaúcha Felipe Zancanaro, músico e produtor musical, e Vini Albernaz, músico e “ilustranimador”. Ambos produziram o primeiro álbum de Thiago, Leve Embora (2015), que  teve indicação ao 17º Latin Grammy na categoria Melhor Álbum Pop Contemporâneo.

Para ilustrar o álbum em imagens, Thiago convidou o coletivo de animação Ilha Maravilha – formado por Vini Albernaz, Marcelo Gafanha e Alércio Pereira –, que construiu um filme único para as quatro faixas. O trabalho tem como referência o desenho manual, folha a folha, o que dá uma dimensão analógica para a animação.

Capa do disco. Escápula Records/Divulgação

Os quatro EPs serão lançados ao longo de abril, cada qual com um caminho sonoro e cromático diferente. “Cada estação do ano tem uma tonalidade predominante: verão, amarelo; outono, vermelho; inverno, azul; primavera, verde. Dentro de cada EP, as músicas vão variando de tonalidade, na medida que se afastam de uma estação e se aproximam da outra. Dessa forma, o ápice da tonalidade está nas músicas do meio de cada EP. Assim, a variação da coloração das músicas faz com que o álbum completo represente uma espécie de degradê, em que a cores vão variando sutilmente até retornar ao início, completando a volta”, justifica Thiago.

Na entrevista exclusiva a seguir, Thiago Ramil comenta a respeito de seu terceiro disco solo, detalha os conceitos artísticos e estéticos desse trabalho, revela sua relação particular com o samba e defende a resistência do artista brasileiro nos tempos atuais: “Para a classe artística, esse governo é tirano, autoritário e extremamente perigoso. Eu acredito que a arte tem uma papel maior do que entreter. Ela também está aí para delatar as atrocidades e desigualdades que vivemos”.

Capa do EP. Escápula Records/Divulgação

O EP O Sol Marca é o primeiro lançamento de um projeto fonográfico e artístico conceitual e ambicioso. Como você concebeu esse trabalho complexo que traduz as quatro estações em música e imagens?

Ao longo do ano passado eu compus bastante. Essa prática foi (e é) muito terapêutica pra mim e me ajudou muito a lidar com este momento tão nebuloso. A partir do segundo semestre comecei a pensar formas de produzir e lançar essas composições e fui estabelecendo diálogos com produtores parceiros, com os quais já tinha uma interlocução artística anterior. Vinha com vontade de organizar os trabalhos em EPs, com três a quatro faixas, e fui concebendo esses trabalhos, a partir do diálogo com os produtores. Na ocasião da abertura do edital emergencial Aldir Blanc, vi a oportunidade de agregar essas ideias e ampliar sua abrangência através do diálogo com a produção audiovisual. Ao buscar uma unidade conceitual do todo, me deparei com a dinâmica das estações do ano (já que vivo numa região subtropical que sente com intensidade todas as estações), e percebi que poderia ser um fio sutil e interessante na referência conceitual de cada trabalho. Com isso em mente, propus aos produtores e diretores dos álbuns visuais – bem como usei como conceito para a escolha e ordem do repertório – a relação com as intenções das estações do ano, de forma a não tornar isso um conceito explícito e literal do trabalho, e sim como uma referência estética. Outro ponto importante da concepção do trabalho é o fato de as canções abordarem, de diversas maneiras, temáticas relacionadas a ciclos, círculos, processos… E percebi, no movimento de translação da Terra, a relação física (material) e poética com um disco/CD. Assim, a proposta desse trabalho não é ter um início e um fim, mas sim propor ao ouvinte a possibilidade de se relacionar com a circularidade do trabalho a partir do ponto que ele desejar (a ordem de lançamento não pretende estabelecer uma ordem definitiva do álbum). Essa proposta se desdobra no título do álbum completo, que representa a soma do título dos quatro EPs, conforme sua ordem de lançamento: O sol marca O andar do tempo E a imensidão do universo Todo dia.

Quem são os músicos que colaboraram com você nesse projeto?

Tive a alegria de reunir muitos amigos e artistas talentosos nesse projeto num momento tão difícil. Fico agradecido pela oportunidade de movimentar tantas pessoas que admiro. Todos já tinham uma interlocução artística com o meu trabalho e isso facilitou muito o diálogo. Vou citar os músicos e compositores que participaram no álbum e deixarei entre parênteses a forma que participaram. Andressa Ferreira (produtora/musicista/compositora parceira), Gutcha Ramil (musicista/compositora parceira/intérprete), Vini Albernaz (produtor/músico), Felipe Zancanaro (produtor/músico), Guilherme Ceron (produtor/músico), Pedro Dom (produtor/músico/compositor parceiro), Lorenzo Flach (músico), Pedro Petracco (músico), Tomás Piccinini (músico), Sergio Boré (músico), François Muleka (músico intérprete), Marissol Mwaba (musicista intérprete), Guilherme Becker (músico intérprete/compositor parceiro), Bela Leindecker (musicista intérprete), Thayan Martins (musicista intérprete/compositora parceira), Pâmela Amaro (musicista intérprete), Gabriel Nunes (músico/compositor parceiro), Ricardo Borges (músico/compositor parceiro), René Ulloa (músico), Samira Calais (compositora parceira), Geórgia Macedo (compositora parceira), Jady Hauani (compositora parceira), Jairo Pereira (compositor parceiro), Jonas Saumauma (compositor parceiro), João Ortácio (compositor parceiro) e João Salazar (compositor parceiro).

Como foi o processo de gravação do disco? Todas as músicas foram registradas em conjunto ou cada EP foi gravado em separado?

O disco foi todo feito a distância e gravado nos home studios dos músicos envolvidos (com exceção de algumas vozes gravadas no estúdio Trasncendental, em Porto Alegre). E a metáfora que atravessou os processos de trabalho foi o entendimento de que “o limite também pode se tornar uma potência”, mas para isso é preciso encontrar ela no seu contexto. Essa frase acompanhou todo o trabalho, desde a parte musical como a parte audiovisual. O trabalho com os produtores foi realizado em paralelo e concomitantemente, porém cada um conduziu o processo a sua maneira e a partir dos seus métodos de trabalho, o que trouxe uma abrangência artística muito interessante e permitiu demonstrar com mais nitidez a contribuição artística e criativa dos produtores musicais. Os músicos que realizaram as gravações participaram de mais de um EP, com destaque para a participação da Gutcha Ramil (que gravou em todos os EPs), do Lorenzo Flach, que também teve ampla atuação, do Guilherme Ceron e Pedro Dom (que também assinaram a produção musical). O Ceron gravou baixo e o Pedro teclas e sopros. Outros músicos também participaram em mais de um EP, como é o caso do Pedro Petracco, do Tomás Piccinini e do Felipe Zancanaro e da Andressa Ferreira (os dois últimos também assinam a produção musical, como já citado). A proposição de trabalhar com músicos em comum, bem como convocar os produtores a atuarem como músicos no projeto e nas produções dos outros, teve o intuito de criar um diálogo entre os EPs, buscando pontos de conexão e unidade em torno do álbum completo. Acho que isso deu muito certo e hoje percebo que foi fundamental para que conseguíssemos propor uma abrangência artística e manter uma unidade conceitual e estética para o trabalho completo.

A sonoridade que unifica as quatro canções do primeiro EP, representativo do verão, é a do samba, sempre conduzido pelo cavaquinho. O gênero, porém, é abordado de uma maneira contemporânea e oblíqua, com o acréscimo de guitarras e elementos eletrônicos, lembrando os sambas tortos de músicos como Romulo Fróes e Rodrigo Campos. Comente a respeito dessa sua releitura de um estilo tão tradicional quanto o samba, por favor.

Acho que a referência do trabalho do Rodrigo Campos e do Romulo Fróes é superimportante na concepção e produção do primeiro EP, O Sol Marca. Com relação ao samba, sempre gostei muito do gênero, principalmente dos sambas de velha guarda, de um tempo mais antigo. Sempre admirei muito as linhas melódicas e acredito que elas sejam uma referência já presente nos meus trabalhos anteriores, mas de maneira sutil e deslocada do gênero de samba propriamente dito. Minha relação com o cavaquinho como instrumento base para meu processo de composição é algo mais recente, por mais que já brinque com o instrumento há alguns anos. Neste primeiro EP, reunimos as composições que fiz com o cavaco ao longo do ano passado e por isso ele acaba se aproximando mais do samba, visto que o cavaquinho é um instrumento muito relacionado ao gênero. No processo de produção, junto ao Felipe Zancanaro e o Vini Albernaz, exploramos muito a ideia de sample, até mesmo quando gravamos a Gutcha Ramil e a Andressa Ferreira tocando percussões e alguns instrumentos inusitados (como um tantan de galão de água, ou tamborim de liquinho de gás) pensamos em explorar células rítmicas as quais seriam reprocessadas na edição e montagem dos arranjos. Os aspectos eletrônicos e a montagem dos beats se aproximam da abordagem de trabalho dos produtores e vão ao encontro de um propósito artístico de se relacionar com o gênero e ao mesmo deslocar-se um pouco dele. Sempre gostei de dialogar com os gêneros musicais sem produzir algo que se enquadre de fato no gênero.

Como serão os próximos EPs? Eles também vão orbitar cada qual em torno de um gênero musical específico?

Cada EP tem uma abordagem e um método de trabalho distinto, mesmo tendo importantes pontos de diálogo. Como comentei acima, a proposta de realizar um disco com quatro produtores permite demonstrar algo muito importante (e que por vezes acaba passando despercebido do ouvinte) que é a contribuição criativa e artística dos produtores musicais. Acho que isso fica bem nítido. Mas falando um pouquinho sobre cada um dos EPs.
O segundo, O andar do tempo, tem a produção do Guilherme Ceron, e explora a estética do orgânico e do acústico. Usamos muitos instrumentos de madeira, vozes, sopros. Nesse trabalho tem pouquíssimos elementos eletrônicos e a abordagem de produção dialoga sutilmente com a música mineira e a escola do Clube da Esquina. Esse trabalho está bastante relacionado com o universo da canção e os arranjos habitam uma esfera mais experimental, característica marcante dos trabalhos do Ceron. O terceiro, E a imensidão do universo, tem a produção do Pedro Dom, e explora uma abordagem relacionada com o universo da música erudita. O Pedro tem essa escola bem presente no trabalho dele e trouxe isso de uma maneira incrível para o diálogo com as canções selecionadas para esse repertório. Os arranjos foram trabalhados com muita delicadeza e sensibilidade, buscando, na sua concepção, formas a dialogar com o universo oní das canções. Um exemplo disso é a música Ser, parceria com Guilherme Becker e que teve a gravação dele e da Bela Leindecker (Duo Alivvvio), em que o Pedro elaborou um arranjo com cordas e sopros buscando uma forma de expressar a imagem do mar (cordas) e do ar (sopros), dois elementos presentes nos versos da canção. O quarto, Todo dia, tem a produção musical da parceira muito talentosa Andressa Ferreira. Nessa faceta/estação do trabalho, a abordagem traz uma referência muito forte das musicalidades afro-latinas, devido ao diálogo com o trabalho da Andressa como musicista, percussionista e pesquisadora. Os arranjos são conduzidos por instrumentos percussivos, que assumem um importante protagonismo nos arranjos desse trabalho e colorem e floreiam muito as canções selecionadas para o repertório desse EP. As participações nesse trabalho também tiveram uma contribuição importantíssima, que foram os irmãos François Muleka e Marissol Mwaba, músicos incríveis, e que tenho grande admiração. O diálogo das estações se deu na ordem do ciclo anual – EP 1 verão, EP 2 outono, EP 3 inverno, EP 4 primavera – e todos estabeleceram um diálogo sutil e interessante com suas respectivas estações.

Como os filmes especialmente produzidos para o projeto dialogam com as músicas dos quatro trabalhos?

Da mesma forma que a abrangência artística se coloca a partir do diálogo com os produtores musicais, acredito que a oportunidade de trabalhar com quatro diretores que trabalham com audiovisual, cada qual com a sua abordagem de trabalho, foi algo que ampliou muito o universo do meu trabalho composicional, e isso me alegra muito. Busquei junto aos diretores dos álbuns visuais trazer esse diálogo estético com as intenções de cada estação. Outro aspecto importante na concepção dos álbuns visuais foi a participação da bailarina Geórgia Macedo, que atuou nos quatro álbuns como intérprete criadora em diálogo junto aos diretores visuais. A presença dela, às vezes de forma mais explícita, outras vezes não (como é o caso dos trabalhos de animação, por exemplo), é o fio que também aproxima os trabalhos visuais. Vou falar abaixo um pouco de cada um dos trabalhos. O primeiro, realizado pelo grupo Ilha Maravilha (Vini Albernaz, Alércio Pereira e Marcelo Gafanha) explora a estética da animação, algo inédito nos meus trabalhos, e que traça um diálogo muito coeso com as músicas do EP, tanto pela estética do desenho que se aproxima da lógica dos samples, beats e colagens, como também pela sensibilidade do roteiro na relação com os temas das canções. O Vini desenhou em cima dos movimentos da Geórgia a partir de vídeos que ela gravava em casa e enviava a ele, como também através de outras imagens que ele buscava, como a própria capa do disco, feita pela Carol Rosa, na música Acúmulo. Um aspecto muito relevante e que reforça essa relação entre o visual e o auditivo no caso desse EP é que o Vini Albernaz atuou tanto como produtor musical como desenhista e isso, sem dúvida, foi muito relevante para o trabalho. O segundo álbum visual quem assina a direção é o Lucas Reis, diretor de cinema. O Lucas, a sua equipe (formada pelo Fabio Spoldi e o Eduardo Reis) e a Geórgia gravaram bem no período do equinócio. Então, para mim, as sensações que buscamos explorar através do som são trazidas em imagem pela cor de uma paisagem que está transitando entre o verão e o outono, além de um certo peso também na interpretação dessa personagem que aparece em cena carregada de memórias. O terceiro álbum visual quem assina a direção é a artista visual Isabel Ramil, a qual tem sua abordagem de trabalho relacionada a videoarte. Para mim, esse EP visual é o mais abstrato, singularidade que admiro muito no trabalho da Isabel. Ela e a Geórgia construíram imagens contemplativas, cotidianas e inusitadas que dialogam com as músicas ao mesmo tempo em que não as traduzem literalmente. O quarto e último álbum visual tem a direção do Guilherme Becker, que é um parceiro já de outros trabalhos e videoclipes. O Guilherme também é poeta e acredito que essa atenção que ele tem com as palavras e seus significados foi muito importante para a construção desse trabalho visual que ele construiu. Além disso eu admiro muito o olhar e habilidade que ele tem para a captação de imagens. Na equipe dele estava atuando, também, a Bela Leindecker, a Kim Costa Nunes e o Bruno dos Anjos.

Manequim, faixa que encerra O Sol Marca, fala sobre vaidade masculina, uma temática inusual na nossa música popular, e conta com a participação de Pâmela Amaro. Comente a respeito dessa parceria com a cantora, compositora e cavaquinista e também a importância da abordagem feminina em sua obra, por favor.

A faixa Manequim foi uma música que compus durante a pandemia e que acabou se inspirando numa série brasileira que assistia na época e que tinha a figura do galã muito presente, de maneira ostensiva. Fiquei pensando muito sobre isso na época, pois é muito comum a gente associar os imperativos de beleza ao feminino, ofuscando e escondendo as questões associadas ao masculino. Por isso busquei abordar isso a partir da imagem do manequim que tem, nos seus moldes, os paradigmas impostos pela indústria da beleza e da moda. A música é como se fosse um recado do manequim para a gente, reiterando aquilo que de fato é o belo, que é a diferença que cada um tem. A participação da Pâmela Amaro se dá em primeiro lugar porque sou grande fã do trabalho dela como compositora e sambista. Além disso, essa composição tem o trabalho da Pâmela como uma referência muito importante. A voz feminina também contribui para que mais pessoas possam se projetar nesse diálogo com o manequim. O recado dessa canção é convocar a que a gente possa aprender a gostar de ser quem somos, independente de padrões de beleza. No final da faixa tem várias vozes minhas e da Pâmela, e isso foi pensado de forma a convocar um sentimento de multidão cantando junto em coro o recado do manequim: “Bonito é o que cada um tem, não ser igual a mais ninguém”.

Estamos enfrentando uma onda de conservadorismo e autoritarismo que por aqui é endossada pelo governo federal. Como você vê o Brasil de hoje e dos próximos anos?

Vivemos um momento extremamente complexo e difícil. Não sei prever o mês que vem, quem dera o próximo ano. Espero, e vou lutar muito, para a manutenção do estado democrático de direito, o qual vem sendo ameaçado constantemente pelo atual governo. Para a classe artística, esse governo é tirano, autoritário e extremamente perigoso. Eu acredito que a arte tem um papel maior do que entreter. Ela também está aí para delatar as atrocidades e desigualdades que vivemos. Por isso que arte sempre foi (e será) política, mas agora, num contexto de extrema fragilidade do estado democrático, os artistas, mesmo que em suas casas, são convocados ao embate e o enfrentamento a partir de suas ferramentas artísticas. Eu não vou me eximir dessa responsabilidade e espero que os colegas também o façam. E desejo que consigamos fazer juntos, construir frentes de enfrentamento a essa tirania “democraticamente eleita”.  

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