Fotografia | Notas

Gilberto Perin realiza duas exposições na Europa

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Gilberto Perin realiza duas exposições na Europa
Entre o final de janeiro e o início de fevereiro, o artista visual e fotógrafo Gilberto Perin estará na Europa para a abertura de duas exposições. A série inédita Fake Photos – composta de 11 imagens que misturam o conceito de fake fotos, fake news e o paradoxo de René Magritte (“A Traição das Imagens”) – será exibida em Genebra, na Suíça, a partir do dia 23 de janeiro. Já a série Sem Identificação, que foi exposta no Margs em 2018, entra em cartaz no espaço A Pequena Galeria, em Lisboa, em Portugal, no dia 7 de fevereiro. A Exposição de Arte Contemporânea da América Latina (Exposition d’Art Contemporain d’Amérique Latine), no Centro de Artes da Ecole Internationale de Genève – Ecolint, vai exibir obras de 13 artistas e coletivos da América Latina até o dia 28 de fevereiro. Perin foi convidado a expor na Ecolint após participar, no ano passado, de um projeto em parceria entre o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), sua Associação de Amigos (Aamargs) e a escola da Unesco. O projeto Travessia propiciou um intercâmbio cultural entre estudantes gaúchos e suíços e artistas convidados. Além de Perin, outros dois artistas gaúchos que participaram do projeto também terão seus trabalhos expostos na Ecolint: o artista plástico Britto Velho e o fotógrafo Nilton Santolin. Em Fake Photos – seu trabalho mais recente -, o artista traduz suas inquietações sobre a autenticidade e a veracidade das imagens produzidas, além de fazer uma reflexão sobre o atual momento político no Brasil e suas relações com as fake news: ao carimbar as imagens com as palavras “Fake Photos”, Perin nega tudo aquilo que apresenta. – A relação das minhas fotografias com essa temática me fez pensar sobre as fake news e, no meu caso específico como fotógrafo, nas fake photos. Afinal, o que é arte contemporânea? A fotografia pode ser vista como arte? Os carimbos chamam a atenção sobre se o que vemos na realidade é somente uma imagem ou é aquilo que queremos ver – explica. A série Sem Identificação é uma crítica irônica e reflexiva do momento atual – repleto de informações e mensagens visuais. O fotógrafo -junto aos modelos que posaram nus – produziu imagens icônicas, inspiradas em obras de arte conhecidas, e outras que surgiram espontaneamente no momento do ensaio fotográfico. Nas 25 fotografias que compõem a série, os corpos aparecem sem cabeças – efeito obtido apenas com o enquadramento da câmera. – A falta da cabeça e a ausência do olhar causa certo estranhamento e passa a significar uma identidade perdida, levando-se em conta que a cabeça é o centro de tudo: das emoções até a decisão da nossa vida ou morte. Em tempos de selfies, Sem Identificação tem concepção simples e direta, onde a nudez é apenas a parcela aparente daquilo que não é revelado sobre a nossa identidade e pensamento – afirma o artista. Gilberto Perin nasceu em Guaporé/RS, vive e trabalha em Porto Alegre. Formado em Comunicação Social pela […]

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