Literatura | Notas

Biblioteca Pública do Estado recebe toda a obra de Tânia Faillace

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Biblioteca Pública do Estado recebe toda a obra de Tânia Faillace
A jornalista e escritora gaúcha Tania Jamardo Faillace doou toda sua obra para o acervo da Biblioteca Pública do Estado do Rio Grande do Sul, no último dia 13 de junho. Autora dos romances Fuga (1964), Adão e Eva (1965) e Mário/Vera-Brasil (1983); das novelas e contos O 35º Ano de Inês – que obteve quatro edições, de 1971 a 2002 -, Vinde a Mim os Pequeninos (1977) e Tradição, Família e Outras Estórias (1978), escreveu para o teatro: Ivone e Sua Família (1978). Além de ter participado de diversas antologias, lançou o livro inédito Beco da Velha, composto por 19 volumes, em um total de 7.748 páginas, escritas ao longo de 10 anos. Descendente de espanhóis (galegos) e italianos (calabreses), nasceu em 1939, em Porto Alegre. Dedicou-se à literatura, nas horas vagas que o trabalho cotidiano lhe permitia, como oficial administrativo da ASCAR – hoje Emater -, em plena época das “reformas de base” de João Goulart, atividade que lhe proporcionou um conhecimento razoável das questões rurais. Foi secretária bilíngue (francês) de uma multiciacional, repórter, cronista, colunista e produtora de programas radiofônicos, inclusive radioteatro. Teve por quase três anos uma famosa coluna local de conselhos sentimentais em um matutino, que também lhe rendeu muita experiência na área humana. No jornalismo, atuou nos setores correspondentes a questões urbanas e sociais (miséria, exclusão social, condições de trabalho, subhabitações, periferia), econômicas (o outro lado da moeda), tecnológicas, sindicais e policiais (marginalismo, crimes, presídios e motins). Em 1966, participou da primeira cobertura jornalística no Brasil sobre a tortura no regime militar, no caso das “Mãos Amarradas”. Sua temática literária deslocou-se, com o tempo, do intimismo às questões sociais, onde a experiência jornalística foi fundamental. Sua peça, Ivone e Sua Família ganhou Menção Honrosa no Concurso do Teatro Opinião, do Rio de Janeiro, sendo objeto de uma leitura dramática naquele teatro, em 1971. Em 1978, Luciano Alabarse montou esse texto no Teatro de Arena. O acervo passa a fazer parte da Coleção de Autores Gaúchos da instituição estadual.

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