Música | Notas

Alceu Valença lança álbum “Senhora Estrada”

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Alceu Valença lança álbum “Senhora Estrada” Foto: Yanê Valença

Senhora Estrada é o terceiro álbum em voz e violão de Alceu Valença, já disponível nas plataformas digitais através da gravadora Deck.

Ao concluir a trilogia solo – na sequência de Sem Pensar no Amanhã e Saudade, todos em 2021 -, Senhora Estrada percorre as referências primeiras do artista, pavimentadas no agreste e no sertão nordestino. As onze faixas transitam entre o xote e o baião, a toada, e o rojão, gêneros cultivados no solo mais fértil do Brasil profundo.

O poeta andarilho dá a partida na trilha ancestral aberta por Luiz Gonzaga, em personalíssimas versões de Pau-de-Arara e Sala de Reboco. Munido de seu violão, tempera o legado do rei do baião com a saliva doce de suas melhores criações.

Iniciada a caminhada, todas canções a partir daí têm a marca autoral de Alceu. O baião e o xote adquirem suavidade sem perder a sedução em Pé de Rosa e Xote Delicado. O álbum ativa releituras íntimas de Depois do Amor e Flor de Tangerina – uma das mais pedidas pela nova geração de fãs. Vai Chover, pluviosa parceria com Herbert Azzul, é um forró no gênero caminho da roça, cujos atalhos o artista percorre como ninguém.

Em sequência, três versões para constar em qualquer antologia da moderna MPB: Coração Bobo, o baião feito em homenagem a Jackson do Pandeiro, aqui recriado exatamente como veio ao mundo, numa tarde parisiense do final da década de 70. Se Pelas Ruas Que Andei celebra o mapa poético e geográfico do Recife, os pés caminhantes de Cabelo no Pente pisam ruas do passado para reinventar seu próprio tempo.

O álbum termina onde a identidade principia: Senhora Estrada é uma toada originalmente feita para a trilha do filme A Luneta do Tempo (2015), escrito e dirigido por Alceu, e que permaneceu inédita até aqui. Como o tempo que corre em disparada, a estrada é senhora do poeta, seja qual for o seu destino.

Senhora Estrada foi gravado no Estúdio Tambor, no Rio de Janeiro, em março de 2021, com produção de Alceu Valença e Rafael Ramos.

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