Música | Notas

Biscoito Fino lança “Casuarina 18 Anos – Ao Vivo”

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Biscoito Fino lança “Casuarina 18 Anos – Ao Vivo”
Nos anos 2000, a Lapa abrigou uma geração que renovou a música brasileira. A sofisticação do samba tradicional com harmonias trabalhadas em violões, cavaquinhos e bandolins. Os casarões centenários que conectaram os jovens com a atmosfera do Rio Antigo. A batucada que ora namora com a gafieira, ora com o candomblé. A cerveja servida no copo americano. A pesquisa e resgate de autores pré-bossa nova. Os sambas que não tocavam nas rádios começaram a ser cantados, em coro, em animadas rodas. Tudo isso gerou um novo caldo, um novo estado de espírito. A partir daí, o chão e o som da Lapa passaram a reverberar numa frequência nova. Há 18 anos, nessa Lapa, o Casuarina vocalizou esse estado de espírito. E agregou um diferencial: a competência e o carisma para atingir um público mais abrangente. Em poucos anos, fez da Fundição Progresso a sua casa. Manteve lotado um dos maiores espaços da Lapa. Em 2012, reuniu uma multidão, ao ar livre, diante dos Arcos da Lapa para a gravação do DVD Casuarina – 10 Anos de Lapa. Foram, até aqui, oito discos, dois DVDs e uma série de turnês pelo Brasil e pelo mundo. O grupo também ganhou prêmios importantes, como o de “Melhor Grupo de Samba” no 28º Prêmio da Música Brasileira em 2017. O sucesso do Casuarina lembra a famosa frase de Tolstoi: “Se queres ser universal, canta a tua aldeia.” Essa trajetória, essa aldeia, estão impressos em Casuarina 18 anos – ao vivo. O grupo escolheu o Centro Cultural Carioca, onde foi residente por anos, para a gravação. Próximo à Lapa, o CCC é um dos principais casarões centenários do Rio Antigo. Estão ali os sambas preciosos garimpados para os primeiros discos. Alguns foram vestidos com arranjos tão marcantes que passaram a ser reconhecidos como “sambas do Casuarina”. É o caso de Jornal da Morte, do compositor e jornalista Miguel Gustavo e É isso Aí, do genial e esquecido Sidney Miller. As harmonias e os arranjos do competente trio de cordas formado por Daniel Montes (violão de 7 cordas), João Fernando (bandolim) e Rafael Freire (cavaquinho) se tornaram uma das marcas do Casuarina. Gabriel Azevedo (pandeiro e voz) canta com segurança em todas as faixas, com especial destaque em Disritmia, de Martinho da Vila. O balanço saboroso entre a voz potente e o trio de instrumentistas fica nítido no arranjo de Canto de Ossanha, um dos afro-sambas de Vinícius de Moraes e Baden Powell. O clima dançante de gafieira está em Falso Moralista, do quase centenário Nelson Sargento. De quebra, a música soa como um comentário sarcástico ao Brasil de 2020. A única música ainda não gravada pelo grupo é o samba-canção Meu apelo, de Wilson Moreira. Uma homenagem ao mestre, referência maior do Casuarina, que morreu em 2018. Com o passar dos anos, e com o amadurecimento da geração de músicos da Lapa, começaram a aparecer novos compositores. E o Casuarina brilhou com Certidão. João Cavalcanti, que saiu do grupo em 2017, assinou essa canção com […]

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