Música | Notas

Obrigado, João!

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Obrigado, João!
Um dos maiores bateristas do mundo é brasileiro – mais precisamente, porto-alegrense. Kiko Freitas começou batendo bombo leguero aos quatro anos, acompanhando o pai, o venerado músico nativista Telmo de Lima Freitas, e hoje roda o planeta tocando de tudo – de samba ao jazz, em projetos instrumentais ou com cantores populares, como band leader ou comandando a cozinha de bandas. Kiko já tocou ao lado de artistas do primeiro escalão como Michel Legrand, Frank Gambale, Ivan Lins, Jeff Richman, Luiz Avellar, Nico Assumpção, Lars Jansson, Francis Hime, Gonzalo Rubalcaba, Hubert Laws, Paula Santoro, Leila Pinheiro, Fátima Guedes, Karolina Vucidolac, David Goldblatt, Jeff Andrews, NDR Big Band, Vladyslav Sendecki, James Genks, Steve Gray, Nils Landgren e Paulo Dorfman, entre muitos outros. Por conta do projeto Homenagem ao Jazz, que vai celebrar no Parcão neste domingo, dia 22 de abril, a partir das 16h, a obra de João Bosco – com a presença do próprio mestre tocando ao lado da big band The Brothers Orchestra -, pedi a Kiko um depoimento sobre o cantor, compositor e violonista, a quem acompanha há mais de 20 anos. E oIha só que bacana o texto que o baterista – que tem uma linha de pratos da marca Istanbul Mehmet com seu nome – escreveu sobre o ídolo: “É tarefa muito difícil traduzir em palavras minha relação musical com João Bosco. Já são duas décadas de caminhada intensa ao seu lado e, desde a primeira nota que toquei com ele, senti a profunda ligação que nos unia o mundo dos sons. Nunca esquecerei que fui levado ao grupo do João pelas mãos do grande e genial Nico Assumpção, meu amigo eterno. Meu elo com a música de João Bosco é um laço tão profundo que talvez só possa ser traduzido nas esferas etéreas e insondáveis (subjetivas e subliminares) do espírito. Quando toco com João, minha bateria está totalmente à disposição da sua música. Muitas vezes, a sensação é de que o violão, a voz e a bateria estão unidos por um cabo midi (musical instruments digital interface), e que os caminhos, as ideias, o ritmo e a respiração é uma e completamente a mesma. Acho que a palavra mais certa para definir minha relação de alma musical com João Bosco seria simbiose. Ao longo desses 20 anos, ao contrário do que disse o grande Maiakovski, muita coisa de novo houve e há ‘no rugir das tempestades’ – terreno fértil dos devas do som e das musas -, e sei que muita coisa nova e profunda ainda está por vir, pois o que mais aprendi com João Bosco é que a busca musical e artística é eterna e que o movimento nos faz evoluir constantemente. Rodei o mundo diversas vezes ao lado desse gigante da música, em situações artísticas de altíssimo nível e ao lado de músicos incríveis, muitos deles verdadeiras lendas do jazz. Por tudo isso sou intensamente e eternamente grato. Obrigado, João!” Veja agora o que João Bosco diz sobre Kiko Freitas:

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