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“Corpo Futuro” é a revista de arte do Porto Alegre Em Cena

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“Corpo Futuro” é a revista de arte do Porto Alegre Em Cena Série "UTOPIA", com direção artística de Alma Negrot. Foto: Carlos Sales/Divulgação

Com todas as transformações que a pandemia e o isolamento social trouxeram ao 27° Porto Alegre Em Cena, tornando esta edição a mais digital da história do festival, um produto analógico também vai ficar marcado no evento de 2020.

Para perpetuar ainda mais o expressivo conteúdo desta edição – e também o que (ou quem) nele não pode estar – o festival deixou para trás o catálogo de programação e mandou para a prensa uma esplendorosa revista de arte, um produto raro no Brasil.

A Corpo Futuro, com 174 páginas, em formato 25cm x36cm e papel especial estará à venda nas livrarias Baleia, Bamboletras e Traça, a R$ 30, a partir desta terça (20/10).

A revista é uma coletânea de textos e imagens pensadas para a contemplação e a perpetuação da arte impressa, em uma revista para colecionadores, pesquisadores, artistas e pensadores em geral. Fãs da arte, enfim.

Muitos dos trabalhos apresentados na publicação são inéditos e criados especialmente para a ocasião. Mais do que um compêndio que reúne artistas de artes cênicas, colocando seus conhecimentos à disposição de todos, o Em Cena abraça nestas páginas conteúdos de pensadores não exclusivamente vinculados ao teatro.

— A ideia é fazer o pensamento circular, como é a base do Porto Alegre Em Cena, assim como promover o encontro de muitas pessoas que por aqui passariam, em um único local, compartilhando conhecimentos e unindo análises que se complementam — explica  Fernando Zugno, coordenador geral e curador do Em Cena.

Entre artigos exclusivos e depoimentos de diferentes pensadores, em comum o fato de todos estarem conectados com questões que envolvem as linhas de curadoria do festival. Na Corpo Futuro é possível folhear divagações e imagens sobre o corpo humano, a natureza, a expressão indígena, o afrofuturismo e o pensamento contestador em diferentes formas.

Entre os destaques, o texto de Donna Haraway, traduzido pela primeira vez no Brasil e publicado com exclusividade. Entre as imagens igualmente inéditas e impactantes, estão as ilustrações e desenhos pensados para a publicação por Xadalu, Linga Acácio e Rafael Rodrigues, entre outros.

São apenas mil exemplares, reunindo uma grupo único de pensadores. Bell Hooks, Ailton Krenak, Eliane Brum, Nuno Ramos, Raimunda Gomes da Silva, Castiel Vitorino Brasileiro, Jota Mombaça, Daniel Thomas e muitos outros dividem suas palavras e pensamentos nesta publicação.

As imagens, que também têm espaço nobre nas páginas, são obras de arte de profissionais como Vic Macedo, Alma Negrot e Thiago Martins de Melo, apenas para citar alguns.

A revista traz anexo um pôster criado por Xadalu como presente comemorativo desta edição histórica.

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