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Festival de Berlim seleciona “Os Últimos Dias de Gilda”, série original do Canal Brasil

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Festival de Berlim seleciona “Os Últimos Dias de Gilda”, série original do Canal Brasil Foto: Palavra Assessoria em Comunicação/Divulgação

O Brasil será destaque na edição de 2021 da Berlinale, com uma novidade sem precedentes. Se o cinema brasileiro vem conquistando nos últimos anos cada vez maior reconhecimento em Cannes, Veneza, Berlim e Sundance, agora, pela primeira vez, uma série de ficção está entre as seis produções internacionais neste formato selecionadas para um dos maiores e mais importantes festivais de cinema do mundo.

A série original do Canal Brasil Os Últimos Dias de Gilda, criada e dirigida por Gustavo Pizzi (dos premiados longas Benzinho e Riscado) e protagonizada por Karine Teles e Julia Stockler, está na seleção oficial da mostra Berlinale Series, do Festival de Berlim.

— A seleção de Os Últimos Dias de Gilda para o festival de Berlim confirma que o Canal Brasil está no caminho certo, de apostar em séries originais, com uma assinatura de excelência. Com esse olhar diferenciado, estamos atingindo a qualidade das maiores séries do mundo — comemora André Saddy, diretor geral do Canal Brasil.

Em quatro episódios, Os Últimos Dias de Gilda – que estreou em novembro e, além de estar disponível nos serviços de streaming Canais Globo e Globoplay, ganhará uma maratona no Canal Brasil, na sexta (29/1), a partir das 23h15min – propõe uma reflexão sobre liberdade, o papel da mulher, aceitação do corpo e a onda de conservadorismo dos dias atuais, abordando temas como o avanço das igrejas neopentecostais e das milícias em comunidades e a perigosa aliança entre a religião e o poder público. A série é uma adaptação do monólogo teatral homônimo de Rodrigo de Roure.

Interpretada pela atriz Karine Teles, que também é corroteirista da série, Gilda é uma mulher livre, no mais amplo sentido da palavra, cujo comportamento incomoda muita gente ao seu redor. Com excelentes dotes culinários, cria porcos e galinhas no quintal de sua casa para o abate
e produz receitas capazes de encantar amigos e amantes. Sua independência incomoda a vizinhança, principalmente Cacilda (Julia Stockler), esposa de Ismael (Igor Campagnaro), que está se candidatando a um cargo público através de um partido ligado a um grupo religioso.

Gilda mantém-se de forma independente, recusa-se a aceitar a opressão e o machismo e escolheu se relacionar de forma livre com diversas pessoas, sem amarras ou rótulos. Já Cacilda representa valores mais conservadores, julgando o tempo todo o comportamento sexual da vizinha e classificando sua fé como bruxaria. Não bastasse a agressividade de todos ao seu redor, Gilda ainda precisa lidar com o aumento da violência urbana e a briga entre traficantes, policiais e milicianos em busca do controle da comunidade onde mora.

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