Artes Visuais | Notas

Fundação Iberê leva exposição para o Instituto Tomie Ohtake

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Fundação Iberê leva exposição para o Instituto Tomie Ohtake Foto: Marcos Nagelstein/Agência Preview/Divulgação

Com o propósito de expandir a sua presença no Brasil, a Fundação Iberê inaugura neste sábado (24/4), no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, a exposição Iberê Camargo – O Fio de Ariadne.

Com curadoria de Denise Mattar e Gustavo Possamai, a mostra revela 36 cerâmicas e oito tapeçarias de grandes dimensões, obras que não são expostas há cerca de 40 anos e que estão espalhadas em coleções públicas e particulares de Lisboa, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre. Acompanham a exposição cartões e gravuras e uma linha do tempo em referência à urdidura feminina que apoiou o trabalho do pintor ao longo de sua história.

A itinerância, que segue até o dia 11 de julho, será complementada com uma tapeçaria localizada recentemente em uma coleção particular de Belo Horizonte. Trata-se de uma obra de 140 x 225 cm, produzida no início dos anos 1980, e que fará par com o cartão que serviu de base para a sua criação, pertencente a uma coleção de São Paulo.

Em diálogo com a exposição, será exibido o filme Dédale, do artista e diretor francês Pierre Coulibeuf. A obra, que integra o acervo da Fundação, foi produzida em 2009 a partir de filme 35mm, inspirada no universo artístico e criativo de Iberê Camargo e realizada através de um projeto curatorial de Gaudêncio Fidelis.

Dédale é uma construção circular e descentrada, na qual o prédio representa uma mise en abyme, uma reflexão infinita para dentro de si, e levará para o espaço expositivo de São Paulo a presença marcante do labirinto, na visão asfixiante, contundente e poética de Coulibeuf.

Também integra O Fio de Ariadne, no Instituto Tomie Ohtake, o presente de casamento de Iberê Camargo feito para o filho de Clarice Lispector, Paulo Gurgel, e sua esposa, em 1976, e doado pela família da escritora ao acervo da Fundação. “Ao conceber a exposição em Porto Alegre, entramos em contato com a família da escritora, pedindo autorização para usar uma foto de Clarice, e fomos surpreendidos com a doação da obra”, lembra Gustavo Possamai.

Iberê e Clarice se conheceram no meio artístico do Rio de Janeiro, que contava, ainda, com nomes como Carlos Scliar, Burle Marx, Bruno Giorgi e Aloísio Magalhães. Em 1969, o pintor gaúcho foi um dos entrevistados dos “Diálogos possíveis com Clarice Lispector”, uma seção da revista Manchete. Anos depois, essas conversas foram publicadas nos livros Clarice Lispector – Entrevistas (Rocco) e De corpo inteiro (Artenova).

Serviço
Iberê Camargo – O Fio de Ariadne
De 24 de abril a 11 de julho
De terça a domingo, das 12h às 17h – entrada franca
Instituto Tomie Ohtake (Avenida. Faria Lima 201 – entrada pela Rua Coropés 88 – Pinheiros SP)

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