Cultura | Notas

Itaú Cultural celebra centenário de Zuzu Angel

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Itaú Cultural celebra centenário de Zuzu Angel Ocupação Zuzu. Foto: André Seiti/Divulgação

Nesta sexta-feira (4/6), o Itaú Cultural coloca no ar, em seu site, conteúdo especial para celebrar o centenário de nascimento da estilista Zuzu Angel (1921-1976), comemorado no dia 5 de junho. 

Ao lado de amplo e histórico material dedicado a ela no hotsite da exposição Ocupação Zuzu, de 2014, e no verbete em seu nome que integra a Enciclopédia Itaú Cultural, traz novos olhares sobre ela, em conversas com Virginia Siqueira Starling, que está escrevendo a sua biografia, o estilista Ronaldo Fraga, que em 2020 lhe prestou homenagem no São Paulo Fashion Week, e a jornalista Hildegard Angel, sua filha caçula, que traz antigos e novos olhares sobre a mãe.

O material produzido pelo Itaú Cultural para comemorar o centenário de nascimento de Zuzu Angel dá luz à postura revolucionária, tanto na moda, quanto na maternidade, no feminino e na militância. A proposta é trazer à tona mais olhares sobre quem foi Zuzu Angel.

Nascida na cidade de Curvelo, em Minas Gerais, Zuleika de Souza Netto ficou conhecida nacional e internacionalmente como Zuzu Angel, estilista e figurinista e uma das responsáveis pela criação de um mercado nacional de moda. Em 1971, o seu filho Stuart Angel, de 26 anos, foi preso e morto pelo regime. Ela usou o seu trabalho e reconhecimento para denunciar essa morte e como forma de protesto contra a política e a violência do Estado brasileiro durante a ditadura.

Nessa celebração aos 100 anos de nascimento desta personalidade revolucionária e marcante na história e cultura do Brasil, o site do Itaú Cultural reúne, ainda, o olhar de Hildegard, que assinou com a equipe da instituição e o cenógrafo Valdy Lopes Jn, a curadoria da Ocupação Zuzu, e leva o legado da mãe a outras gerações com o Instituto Zuzu Angel (IZA).

Hildegard fala sobre quem foi Zuzu para a moda brasileira e como a moda e o modo de se vestir de cada um são um ato político. A jornalista comenta também como definiria quem foi a sua mãe para alguém jovem, que não a conheceu. Ela tenta vislumbrar como Zuzu reagiria e se relacionaria atualmente e faz uma reflexão sobre se é possível pensar o país por meio da moda. Conta, ainda, o que considera que ainda falta ser dito sobre a estilista, uma vez que muito já se falou sobre a sua atuação pessoal e profissional.

No site, o público pode assistir, ainda, ao depoimento dado por Hildegard para a Ocupação Zuzu. Ela fala, emocionada, sobre o início do trabalho da mãe como costureira e a abertura da primeira boutique, dá luz aos conceitos de algumas das coleções de Zuzu, da legitimidade da moda brasileira, o início da carreira internacional. E a busca pelo filho desaparecido.

Serviço

Comemoração ao centenário de Zuzu Angel
No site do Itaú Cultural www.itaucultural.org.br 

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