Livro de Elisa Kopplin Ferraretto resgata história dos criadores do radioteatro no RS
Em meados dos anos 1930, quando não havia televisão no Brasil e o rádio ainda engatinhava, surgiu uma novidade que cativou o público: o radioteatro. No Rio Grande do Sul, o radioteatro, que recém começava a aparecer no centro do país, foi introduzido pelos artistas Pery Borges e Estelita Bell. A história da dupla é resgatada no livro Pery e Estelita na Ribalta do Espaço – Um Romance nas Ondas do Rádio, da jornalista gaúcha Elisa Kopplin Ferraretto.
A obra foi produzida a partir do acervo de roteiros, recortes de jornais e revistas, fotografias e outros materiais deixados pelos artistas, além de pesquisa na imprensa da época, e apresenta um relato romanceado e amplamente ilustrado da vida e trajetória do casal.
Pery e Estelita também atuaram na Rádio Sociedade Gaúcha – a convite do então diretor artístico, Cândido Norberto – e tiveram longa carreira na Mayrink Veiga, do Rio de Janeiro. Na emissora carioca, Estelita foi a grande incentivadora de um jovem talento nascente – Chico Anysio, que a considerava a melhor radioatriz brasileira e, sempre grato a seu estímulo, a levou à televisão e ao cinema. Ela esteve presente em todos os programas de Chico (só para lembrar um de seus personagens, era a mãe do jogador Coalhada, em Chico City), fez várias novelas e programas especiais. Também atuou como dubladora, fazendo, por exemplo, a voz da Bruxa Má na segunda versão brasileira de Branca de Neve e os Sete Anões, da Disney.
Pery e Estelita na Ribalta do Espaço traz uma viagem no tempo, relembrando cenários da Porto Alegre das décadas de 1930 e 1940 e a magia daqueles anos de início do rádio. É, também, uma história de amor, trabalho e dedicação.
O livro já está à venda, nas versões impressa e em e-book, no site da Editora Viseu e nas principais livrarias virtuais.