Monja Coen e Allan Dias Castro lançam livro com reflexões em formato de prosa e poesia

Quando o poeta gaúcho Allan Dias Castro convidou a Monja Coen para escrever um livro e ela disse sim, suas inspirações e reflexões sobre a vida foram conectadas. Escrito a quatro mãos, porém à distância e usando o e-mail como forma de correspondência, a dupla passou a trocar poemas, citações e histórias pessoais. Desse encontro nasceu A Monja e o Poeta, que chega este mês pela Editora Sextante. 

O livro traz um compilado de 22 poemas de Allan divididos entre os 11 temas que norteiam a obra. Após cada texto, ele conta a fase específica de sua vida em que criou aqueles versos, revelando de onde veio a inspiração para escrevê-los. Em seguida, a Monja disserta sobre a mesma temática, analisando o assunto abordado à luz do zen-budismo. O resultado é um verdadeiro diálogo poético que faz refletir sobre a imensidão de estarmos vivos.

“Pelo fato de não ter ficado estagnado na dor, este livro já me ajudou de várias formas durante seu processo de criação. Posso dizer que fui da tempestade à calmaria enquanto escrevíamos esses textos, sem obviamente estacionar novamente na ilusão de permanência. Acredito que nenhuma transformação significativa seja fácil, e o ser humano que eu era quando pensei em realizar um livro com a Monja mudou muito durante todo o processo até aqui. É essa possibilidade de se manter em movimento que oferecemos aos leitores”, explica Allan.

“Tornei-me monja, passei doze anos em treinamento no Japão e agora, com 74 anos de idade, aprecio o entardecer de outono, com certa alegria de estar encontrando seres capazes de amar, de escrever, de poetar. Uma grande alegria poder escrever depois de ler os poemas de Allan. Fomos fazendo os textos, pouco a pouco. Ele me enviava algumas poesias e eu proseava. Assim construímos face a face este livro”, conta Monja Coen.