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MuseCom prepara digitalização de exemplares raros do Pasquim Sul

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MuseCom prepara digitalização de exemplares raros do Pasquim Sul Foto: Welington Silva/Divulgação

O ano de 1968 marcava a assinatura do famigerado Ato Institucional N° 5 (AI-5) – que definiu o momento mais duro da ditadura militar (1964-1985), dando poder aos governadores para punir arbitrariamente os que fossem inimigos do regime ou como tal considerados.

Seis meses e treze dias após a edição do AI-5, o Brasil vivia o período de maior rigidez da ditadura e, em 26 de junho de 1969, circulava a primeira edição do Semanário Pasquim, marco de resistência da imprensa livre no país. A última edição do semanário circulou em janeiro de 1991, e o cinquentenário de lançamento do Pasquim foi celebrado em 2019.

Ainda em 2019, a mostra Pasquim 50Anos, com curadoria de Zélio Alves Pinto e Fernando Coelho dos Santos, percorreu espaços culturais do país. Na mesma ocasião, aconteceu o lançamento da página do jornal na plataforma digital da Biblioteca Nacional, onde estão disponíveis todas as edições do periódico. 

O diretor do Museu da Comunicação Hipólito José da Costa – instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac) –, Welington Silva, revelou que a Sedac está firmando um termo de cooperação com o produtor cultural paulista Fernando Coelho dos Santos, para agregar à coleção digital edições raras do suplemento Pasquim Sul, que integram o acervo da instituição.

— O MuseCom possui exemplares de 12 edições do Pasquim Sul que, somadas à outras edições da produção, completam a coleção das 60 edições gaúchas. Esses exemplares, juntamente com as 56 edições do Pasquim São Paulo, outra franquia do jornal carioca, irão completar a coleção digitalizada pela Biblioteca Nacional, que já conta com as 1.072 edições do semanário carioca — explica Welington. 

A expectativa é de que o processo de digitalização dos exemplares raros do Pasquim Sul se concretize já no mês de março. Os custos do projeto serão partilhados entre o proponente, Fernando Coelho dos Santos, e a Sedac, por meio da Associação dos Amigos do MuseCom.

— Em contrapartida à participação no projeto, o MuseCom vai receber as matrizes digitais de todo o Pasquim Sul e em torno de 15 exemplares do semanário, que não possuímos em nosso acervo. A coleção ampliada ganhará acesso no formato digital, o que qualificará o processo de preservação do material e reduzirá o manuseio do acervo no âmbito da pesquisa — explica o diretor do museu.

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