Música | Notas

No Ar Coquetel Molotov convida para um mergulho no digital em sua 17ª edição

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No Ar Coquetel Molotov convida para um mergulho no digital em sua 17ª edição Foto: Capa/Divulgação

A partir do dia 11 de janeiro, abrindo o calendário dos grandes festivais nacionais, o No Ar Coquetel Molotov transporta para o ambiente online sua proposta de curadoria artística com novos talentos e revelações nacionais, refletindo o que há de melhor na vanguarda de festivais independentes. 

Muito além de apenas uma experiência musical, o festival vem se firmando também como uma plataforma que envolve discussões sobre o mercado da música, a busca pela igualdade de gênero e a presença forte feminina em sua produção, mentoria e execução.

Um festival de resistência que fortalece suas ativações com importantes parcerias, a exemplo da Women Friendly – Empresa Amiga da Mulher e Keychange, iniciativa internacional pioneira, que estimula o equilíbrio de gênero na programação dos festivais e encoraja as mulheres a transformarem o futuro da música.

Para participar das atividades gratuitas, o público deve se inscrever no site do festival.

Um dos grandes destaques da parte de convenções é o ciclo de Oficinas com Perera Elsewhere, produtora, compositora e DJ britânica radicada em Berlim que irá ministrar por Zoom atividades como criar, gravar e processar sons e que será documentada pela própria nos dias 12, 13 e 14 de janeiro.

Entre as oficinas, MC Tha ministra Abrindo os Caminhos, para começar o ano de 2021 com tudo (11/1), o público poderá aprender a fazer GIFs com biarritzzz (19/1) e até mesmo aprender como usar um dildo com Senta (21/1).

A programação dos Encontros traz temas relevantes atuais como a questão Artista ou Influencer? que tem duas rodadas com mediação de Benke Ferraz, a primeira delas no dia 14/1 com Amaro FreitasAretha Sadick, Mahal Pita, Tuyo Martins e no dia 21/1 com BrvnksLuiz LinsMel e Romero Ferro.

No dia 18/1 é a vez de TiêAmanda MittzLuiza Caspary com mediação de Mariama da Mata discutir sobre como fazer música acessível. Também em dois ciclos de encontros sobre experiências imersivas, no dia 15/1 com Iracema TrevisanRosabege (que desenvolveu o mundo 3D do festival), Branca ShultzRodrigo de Carvalho e Gabriel Massan e no dia 22/1 é a vez de falar sobre  experiências do imersivo ao digital com Ale Paes LemeAnna Costa e Silva e Magiluth. Ambos com mediação de Amnah Asad.

No Call Center, está programado um bate-papo com a cantora, compositora e rapper Bixarte (13/1)com o tema Corpos e Identidade na Músicae com Johnny Hooker (20/1) sobre processos criativos.

O ponto alto do festival é a Série CQTL MLTV, obra conceitual audiovisual gravado parte em São Paulo, na Fauhaus, e parte no Criatório, um ateliê/estúdio com paisagem bucólica em Gravatá, interior de Pernambuco e a 100 km da capital. Um material inédito que será dividido em dois episódios e que encerra a programação do festival no YouTube do festival com exibição nos dias 22 e 23 de janeiro.

No lineup, um recorte do melhor da cena contemporânea nacional e uma novíssima cena atual pernambucana. 

A diversidade musical floresce com presenças como a da revelação Jup do Bairro, o regionalismo do tambor de ilú de Alessandra Leão, a psicodelia dos goianos do Boogarins num encontro inédito com a avant-garde Ava Rocha, o metal e o peso do Test, o trabalho performático da carioca trans Aretha Sadick, além do flow de um dos maiores expoentes do trap nacional, o paulistano Derek.

E pra completar, a Natura Musical soma no lineup com a apresentação da tradição da ciranda de Lia de Itamaracá, o instrumental refinado e torto de Amaro Freitas e as letras sensíveis e tocantes e o beat complexo do trio Tuyo. Todos artistas com trabalhos lançados pela marca que mais investe em música. 

Também fica claro o recorte voltado para cenas artísticas pernambucanas, com um belo recorte do que há de melhor da cena local em revelações como Luiz Lins, compositor da zona da mata pernambucana que bebe do hip hop, rap e R&B e traz uma sonoridade que passeia pela MPB, soul e brega.

O festival traz ainda a composição forte e a voz marcante de Martins, o regionalismo do violão certeiro de Bella Kahun, natural de Garanhuns e integrante do PE SQUAD, a poesia falada, o spoke de Bell Puã, que já representou o país no Poetry Slam World Cup em Paris (2018) e foi convidada da FLIP 2019.

Este lineup também reserva atrações como o coletivo Avoada de Marília ParenteFeiticeiro JuliãoJuvenil Silva e Marcelo Cavalcante com seu rock rural, psicodelia e música popular nordestina. A música experimental, que sempre foi uma marca do evento, vem com o instrumental eletrônico de Thelmo Cristovam, com o improviso e a música computadorizada e de instalação do Hrönir, além do noise experimental lo fi do projeto solo do músico, compositor e produtor Cássio Sales, Miãm.

O evento tem patrocínio da TNT Energy DrinkNatura MusicalItaipava, Oi Pontes-British CouncilUninassau e incentivado pelo Sistema de Incentivo a Cultura do Recife.

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