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Space Rave promove novo álbum “Olho de Peixe”

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Space Rave promove novo álbum “Olho de Peixe” Capa do álbum. Foto: Rochele Zandavalli/Divulgação

Olho de Peixe, nome subjetivo do novo álbum da Space Rave, traz a banda afiada, digna do lançamento pelo selo Maxilar, do garage-hero Gabriel Thomaz, conhecido por sua trajetória a frente dos Autoramas, um dos principais expoentes do rock brasileiro. O lançamento será no dia 30 de julho.

O processo de gravação do novo álbum da banda foi atípico, adaptado às possibilidades atuais: mesmo sem condições de ensaiar devido a pandemia e a distância, o disco é repleto de participações especiais. Artistas novos como os Circenses Kim e Miguel Carlos, Carlos Tupy, Léo Fazio, Nickelly e Boca se unem digitalmente a Biba Graeff, Mari Kircher, Lets Rodrigues, Joana C-4, Júlia Barth, Maria Paraguaya, Carlinhos Carneiro, Guto Herscovitz e Fábio Gabardo

Pianos, clarinetes, violoncelos, sintetizadores e meia-luas complementados pelo quarteto formado por Edu Normann (guitarras, viola caipira e vocais), Murilo Biff (guitarra, teclado e viola caipira), Marcos Rubenich (bateria) e Eddi Maicon (baixo e backing vocals). 

A produção ficou a cargo de Fábio Gabardo e Edu Normann, e o resultado é um disco cheio de nuances e texturas. Melodias que se cruzam psicodelicamente, soando pesado e dançante, sub-pop e underground. O disco abre com o petardo glitter e groove de Fear of Missing Out, e traz Júlia Barth e Lets Rodrigues nos backing vocals.

Mono, a segunda faixa, soa como um autêntico ciclone sub-tropical. Em O Apartamento É Clínica, o violoncelo de Guto Herscovitz dialoga com os backing vocals dos Circences Kim e Miguel Carlos, que também toca o piano nesta canção sobre ausência, autopreservação, isolamento e memória. Ultravioleta traz os belos vocais de Maria Paraguaya, que escreve com seus versos um lindo manifesto pela liberdade. 

Em Ambitious Mind, o clarinete de Léo Fazio emerge em meio a profusão de guitarras, viola e o piano de Biba Graeff, emulando o clássico Love Cats. Diazepam traz os vocais de Carlos Carneiro, Edu e Joana C-4. Os primeiros versos falam sobre resistir, custe o que custar, e segue contemplando o tempo e a urgência em se reaproximar da natureza. O sintetizador de Carlos Tupy soa como comandos de nave espacial de um seriado futurista dos anos 60.

Quatro músicas gravadas entre 2016 e 2019 fecham o álbum: Pra Quem Nunca Sai de Casa traz o baixo de influência Beatles de Kim Kircher e o backing vocal de Mari Kircher, que também toca baixo em Três Marias, música que fala sobre viver o presente com toda a intensidade, e Dinheiro S/A, onde os sintetizadores e backing vocals de Biba Graeff já anunciavam o que viria a ser este álbum, coeso, criativo, denso e emocionante.

O disco fecha com Ibiraquera, uma balada tribal com ecos de Velvet Underground, composta nesta praia de Santa Catarina, onde foram captados os sapos que cantam e soam como sintetizadores naturais.

Capa do álbum. Foto: Rochele Zandavalli/Divulgação

A capa do álbum traz uma imagem criada pela artista plástica Rochele Zandavalli. A fotografia de um olho com a interferência do bordado de Rochele que desenha um peixe emoldurando o olho da modelo Renata Polly.

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