Música | Reportagens

Quarteto OBSP lança álbum de estreia

Change Size Text
Quarteto OBSP lança álbum de estreia

Formado por João Ortácio, Pedro Borghetti, João Salazar e Poty Burch, o grupo OBSP lançou nas plataformas digitais seu álbum de estreia, um disco homônimo que reúne 14 músicas compostas pelo quarteto. Gravado em janeiro de 2020, o álbum traz em seu primeiro verso, na faixa Navegador, uma síntese involuntária do momento presente: “As definições de vida foram atualizadas”.

“Sempre conversamos sobre as questões que nos incomodam no mundo – as injustiças, os desmandos – e sobre como encaramos tudo isso. Não lançar o disco por causa da pandemia seria uma contradição”, contam Ortácio e Borghetti.

A sonoridade do disco, lançado pelo selo Pedra Redonda, mescla influências que vão de Clube da Esquina a Crosby, Stills, Nash & Young (CSNY) – não só musicalmente, mas também na sigla OBSP -, dos gaúchos do Almôndegas aos argentinos do Aca Seca Trío.

“Ortácio traz o rock; Borghetti, a percussividade e o regional; Salazar, a introspecção; e Poty, o pop. Por conta das influências distintas, tivemos a oportunidade de aprender um com o outro e de derrubar nossas fronteiras estéticas, mergulhando em universos diferentes”, explicam Ortácio e Borghetti.

Os músicos contam que a ideia de formar o quarteto ganhou corpo em encontros semanais na casa da jornalista Cynthia Flach, mãe do guitarrista Lorenzo Flach – parceiro da OBSP -, onde o grupo se reunia para tocar e confraternizar. Desde 2018, em paralelo a outros projetos, a banda se apresentou em casas de shows do Estado e em iniciativas como a Noite dos Museus, o Sofar Sounds, a Virada Sustentável e a Feira do Livro de Cruz Alta.

Outro ponto em comum que une o quarteto é Guilherme Ceron, produtor musical de projetos individuais do grupo e que assina a produção do álbum OBSP. Ortácio e Borghetti relembram que foi na casa dos pais de Ceron, em Pelotas, que nasceu a primeira composição da banda. A participação do produtor no disco de estreia era pensada desde o início. “Sabíamos da dinâmica de trabalho dele, que aproveita o melhor do espontâneo”, contam os músicos.

A marca da espontaneidade foi obtida principalmente com a gravação simultânea das vozes e dos instrumentos – como em uma apresentação ao vivo -, estratégia que Ceron tem empregado em suas produções. “Acredito que se ganha em interpretação, dinâmica, sonoridade e intenção”, conta o produtor, que, entre outros trabalhos, assinou a produção de Derivacivilização, de Ian Ramil, vencedor do Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock em Língua Portuguesa, em 2016.

Outro elemento que contribui para a estética de OBSP é a captação de ruídos da casa onde foi gravado o disco, na Barra do Ribeiro, e do seu entorno.

Confira os bastidores da gravação do álbum:

A relação com a natureza perpassa o disco e ganha destaque na faixa Curupira, Caipora, Chico Mendes. “Na época, estávamos conversando sobre as queimadas criminosas na Amazônia. E nesse momento de indignação refletimos sobre a natureza e os seus protetores. Desde os índios até lendas do nosso folclore – Curupira, Caipora – e, claro, Chico Mendes, seringueiro e sindicalista, que hoje segue vivo na forma de reserva ambiental”, contam Ortácio e Borghetti.

A banda planeja uma live de lançamento do disco para o dia 25 de julho, no projeto Ecarta Musical.

Confira também:

No primeiro semestre de 2020, a OBSP divulgou os videoclipes de dois singles: Tornado e Passeio.

Em 2019, a OBSP lançou o EP visual Ortácio, Borghetti, Salazar & Poty, um compilado de composições solo dos integrantes.

Cantores e instrumentistas, os integrantes da OBSP participam de outros projetos musicais. Clique nos links para conferir os trabalhos de João Ortácio, Pedro Borghetti, João Salazar e Poty Burch.

Criado em 2018, o selo Pedra Redonda já produziu trabalhos de artistas locais como Dingo Bells, Dona Conceição, Paola Kirst e Thiago Ramil. Parte dos projetos é apresentada em vídeo na série Na Pedra Redonda, no canal do selo no YouTube.

Gostou desta reportagem? Garanta que outros assuntos importantes para o interesse público da nossa cidade sejam abordados: apoie-nos financeiramente!

O que nos permite produzir reportagens investigativas e de denúncia, cumprindo nosso papel de fiscalizar o poder, é a nossa independência editorial.

Essa independência só existe porque somos financiados majoritariamente por leitoras e leitores que nos apoiam financeiramente.

Quem nos apoia também recebe todo o nosso conteúdo exclusivo: a versão completa da Matinal News, de segunda a sexta, e as newsletters do Juremir Machado, às terças, do Roger Lerina, às quintas, e da revista Parêntese, aos sábados.

Apoie-nos! O investimento equivale ao valor de dois cafés por mês.
Se você já nos apoia, agradecemos por fazer parte da rede Matinal! e tenha acesso a todo o nosso conteúdo.

Compartilhe esta reportagem em suas redes sociais!
Share on whatsapp
Share on twitter
Share on facebook
Share on email
Se você já nos apoia, agradecemos por fazer parte da rede Matinal! e tenha acesso a todo o nosso conteúdo.

Compartilhe esta reportagem em suas redes sociais!
Share on whatsapp
Share on twitter
Share on facebook
Share on email

Gostou desta reportagem? Ela é possível graças a sua assinatura.

O dinheiro investido por nossos assinantes premium é o que garante que possamos fazer um jornalismo independente de qualidade e relevância para a sociedade e para a democracia. Você pode contribuir ainda mais com um apoio extra ou compartilhando este conteúdo nas suas redes sociais.
Share on whatsapp
Share on twitter
Share on facebook
Share on email

Se você já é assinante, obrigada por estar conosco no Grupo Matinal Jornalismo! Faça login e tenha acesso a todos os nossos conteúdos.

Compartilhe esta reportagem em suas redes sociais!

Share on whatsapp
Share on twitter
Share on facebook
Share on email
PUBLICIDADE

Esqueceu sua senha?