Notas | Série

Série coloca em primeiro plano profissionais que atuam nos bastidores da arte

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Série coloca em primeiro plano profissionais que atuam nos bastidores da arte Marcelo Flecha. Foto: Frame/IC/Divulgação

O Itaú Cultural estreia nesta quinta (26/11), às 15h, em seu site, a nova série O Artista por Trás da Cena, dedicada ao trabalho de profissionais com colaborações fundamentais para o resultado que chega ao público como produto final.

Nesta primeira temporada, a ser exibida semanalmente em seis episódios, o apresentador Guilherme Bonfanti, light designer com longa trajetória ao lado de grupos como o Teatro da Vertigem, traz o olhar e experiências de iluminadores, cenógrafos e figurinistas de diferentes partes do país, os quais abordam tanto o seu trabalho quanto as formas como têm atuado em meio à pandemia.

O primeiro convidado é o iluminador Marcelo Flecha, fundador e diretor artístico da Pequena Companhia de Teatro, sediada em São Luís, no Maranhão.

Depois de irem ao ar, todos os episódios da série permanecem disponíveis no canal do Itaú Cultural no YouTube. Todos os programas disponibilizam legendas em português.

Na conversa de estreia da série, Flecha fala sobre a sua larga experiência na realização de espetáculos por toda a região Nordeste, da qual destaca a importância de conceber artefatos cênicos que sejam adaptáveis para os mais diversos tipos de palco.

— Eu confecciono o que chamo de elementos iluminocenográficos, instrumentos que me dão o todo da obra e funcionam não só esteticamente, como na intenção de gerar a dramaticidade que a luz precisa para a cena — conta ele, que também é diretor, dramaturgo, pesquisador, cenógrafo e escritor.

Com uma atuação que se expande também à pesquisa, direção e cenografia, ele destaca que, como iluminador, busca formas de fazer da luz um instrumento de dramaturgia.

— Pelo desespero da sobrevivência, a gente se debruçou na virtualidade, mas esqueceu de estabelecer um olho aqui e outro lá sobre esse futuro — observa.

— Aqueles que conseguirem fazer uma leitura do pós-pandemia e anteciparem as consequências disso, com montagens que dialoguem com espacialidade, distanciamento, máscara e com o que ninguém ainda sabe o que vai ser, sairão na frente e terão obras mais estruturadas. Isso pouco se tem pensado — reflete.

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