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Maria Ribeiro questiona os papéis da mulher e do homem

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Maria Ribeiro questiona os papéis da mulher e do homem Foto: Bob Wolfenson/Divulgação

Depois de ter sido assistido por cerca de 8 mil pessoas em oito apresentações em sua versão on-line, o espetáculo Pós-F, estrelado por Maria Ribeiro e dirigido por Mika Lins, chega a Porto Alegre neste final de semana, no CHC Santa Casa, com sessões sexta-feira (11/3) e sábado (12), às 20h, e domingo (13), às 18h. O monólogo foi adaptado do livro Pós-F, para Além do Masculino e do Feminino, de Fernanda Young (1970 – 2019), vencedora (póstuma) do Prêmio Jabuti.

Primeira obra de não ficção da autora, a reunião de textos autobiográficos coloca em debate o que significa ser homem e mulher hoje. No palco, Maria Ribeiro dá voz a Fernanda Young, que surge em cena apresentando suas ideias nada ortodoxas a respeito dos conceitos e representações da masculinidade e da feminilidade atualmente.

“Era 2018 e vivíamos em plena quarta onda do feminismo. (…) Aí eu li o livro e pensei: ‘Eu tô chocada, ela tá questionando o feminismo nesta altura do campeonato? Que maluca!’. Mas fiquei então achando que o fato de ela estar se dizendo não exatamente feminista no meio da quarta onda feminista era mais feminista do que se ela estivesse simplesmente pegando carona no ‘ismo’ da moda. A Fernanda sempre foi feminista e sempre foi uma pessoa dialética, do contra”, explica Maria Ribeiro na entrevista exclusiva acima.

Jorge Bispo/Divulgação

Para a diretora Mika Lins, Pós-F procura ao máximo levar ao palco as experiências pessoais da autora: “Buscamos transformar o que é expresso na teoria em ação, na experiência pessoal dela. É quase como se a Fernanda estivesse em cena exposta como pessoa e contasse suas memórias e vivências. Para além das ideias avançadas propostas no livro pela Fernanda, a peça é muito baseada na visão pessoal que eu e a Maria Ribeiro tivemos depois que ela passou pelas nossas vidas. E eliminamos qualquer didatismo, pois é um espetáculo sobre uma artista, sobre uma criadora, sobre uma ficcionista”. Corroborando o pensamento da diretora, Maria completa: “Assim como Leila Diniz, Fernanda era daquelas mulheres que, apenas cumprindo sua psique, nos libertava de tudo o que não era natural e, sim, convenção”.

A estreia on-line de Pós-F foi em 12 de setembro de 2020, marcando a retomada das atividades culturais do Teatro Porto Seguro, em São Paulo. A montagem chega agora a Porto Alegre em turnê que vai passar por outras capitais brasileiras e chegar até Portugal.

Bob Wolfenson/Divulgação

Atriz, escritora e diretora de cinema, a carioca Maria Ribeiro cursou também jornalismo na PUCRS, conciliando então a faculdade com a carreira artística. No teatro, participou de peças como Confissões de Adolescente, O Inimigo do Povo, Feliz Ano Velho e Separações.

Já no cinema, atuou em filmes como Tropa de Elite (2007), Entre Nós (2013), Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos (2010) e Como Nossos Pais (2017), de Laís Bodanzky – pelo qual conquistou o Kikito de melhor atriz no Festival de Gramado. Maria integrou a bancada do programa de debates Saia Justa e participou de novelas e séries como Império e Desalma – cuja segunda temporada deve ir ao ar neste ano pelo Globoplay.

Bob Wolfenson/Divulgação
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