Em meio às incertezas de mais um mês de pandemia, a 27ª edição do Porto Alegre em Cena iniciou nesta quarta (21/10) trocando os palcos pelas telas e ruas da cidade – que vão receber “performances anti-aglomeração” durante os dez dias do festival. A programação online também inclui lives e bate-papos com os participantes do evento.
Outra novidade é a publicação da revista Corpo Futuro, que substitui o catálogo da mostra em 2020 e pode ser adquirida em livrarias parceiras. A publicação é uma coletânea de textos e imagens que reúne artistas das artes cênicas em suas páginas.
Confira as sinopses de sete destaques do Porto Alegre em Cena 2020 e clique aqui para acessar a programação completa.
Internacionais
22 a 30 de outubro, às 20h30
Youtube | Site | Galerias em cena
Online e gratuito
Na videoinstalação de Colette Sadler e Mikko Gaestel, um objeto monolítico solitário vasculha relíquias do ser humano, seus gestos, imagens e artefatos. Sem carne, sem desejo, sem morte, essa agência algorítmica especula a partir da perspectiva da alteridade futura.
26 de outubro, às 21h
Youtube | Site
Online e gratuito
Com texto e direção de Ricardo Cabaça e elenco formado por Evelyn Ligocki e Haroldo Costa Ferrari, Corpo Futuro apresenta uma atriz é o corpo-voz de várias mulheres que gritam ou sussurram, que superaram, que não devem ser esquecidas, das mulheres que constroem um novo corpo para o futuro. Da antiguidade clássica à contemporaneidade, também a história da arte como impulsionadora de equívocos.
Nacionais
22 de outubro, às 19h, 19h30, 20h, 20h30, 21h, 21h30, 22h, 22h30, 23h e 23h30
Diversas plataformas
Online | ingressos R$ 10/5 (meia)
Em Tudo que Coube numa VHS, do Grupo Magiluth, o público é conduzido por um percurso em que se torna cúmplice das memórias de um personagem, cristalizadas em torno das recordações sobre um relacionamento. A ação é acompanhada via web, por meio de uma série de plataformas virtuais de comunicação e entretenimento, numa experiência individual que transporta a uma nova esfera as relações de proximidade entre ator e espectador.
Mostra de Resultado: Inquieta Cia – Residência artística Forte
30/10 às 21h
Zoom
Online e gratuito
A residência artística FORTE, da Inquieta Cia, é uma convocação a um espaço integrado por ação, observação e composição cênica, considerando possibilidades diversas de ressoar performatividades insurgentes no encontro entre trajetórias que cruzam as cidades de Fortaleza e Porto Alegre: artistas, memórias e suas forças.
Residentes: Andréia Pires, Andrei Bessa, Carina Levitan, Gyl Giffony, Julha Franz, Lucas Galvino, Mailson Fantinel, Rita Rosa, Robson Lima Duarte, Sissi Betina Venturin e Wellington Fonseka.
Sete Estrelas do Grande Carro 2015-2020
24 de outubro, às 21h
Zoom | Galerias em Cena
Online e gratuito
Movido pelo desejo de expor uma viagem que ainda reverbera em novas ações e criações, o Teatro Máquina, de Fortaleza, reúne em uma galeria virtual diversas experiências produzidas durante o projeto Sete Estrelas do Grande Carro. Nessa galeria o grupo expõe vídeos, performances, fotos e ações produzidas durante a viagem, além de obras especialmente produzidas para o Porto Alegre em Cena
Prêmio Braskem em Cena
23/10 às 19h
Zoom
Online e gratuito
Com direção de João de Ricardo, #paraiso_afogado reflete com ironia sobre os processos coloniais enquanto malha de relações de exploração. O texto, inédito no Brasil, dá continuidade ao trabalho da Cia. Espaço em Branco junto ao dramaturgo Thomas Köck iniciado com o espetáculo Tocar Paraíso, de 2019. O elenco e formado por Anildo Böes, Eduardo d’Avila, Evelyn Ligocki, Fernanda Carvalho Leite, Iandra Cattani, JdR, Rodrigo Fernandez e Shico Menegat.
Projeto em Quadros
28 de outubro 10 às 20h
Youtube | Site | Projeções pela cidade
Online, pela cidade e gratuito
Só até o Corredor foi gravado na escada do prédio residencial de dois artistas que compartilham o período de quarentena: Carol Martins na performance, criação coreográfica, direção e produção e Marcelo Reis na criação da trilha sonora, filmagem e edição. O trabalho questiona de maneira poética as restrições espaciais às quais fomos condicionados pela pandemia e como um corpo criativo se movimenta e respira perante essa situação.