Artigos | Marcelo Carneiro da Cunha | Série | Televisão

Sempre teremos Paris

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Sempre teremos Paris Foto: Netflix/Divulgação

Emily vai da mais linda cidade americana, Chicago, para a mais linda cidade do mundo, Paris, e você, amiga, vai junto. Ela chega em Paris portando um insuportável sotaque americano e um namorado idem, sendo que o namorado, esse ao menos, fica em Chicago.

Os elementos que vão sustentar a história você logo fica conhecendo: o vizinhudo gostosão do andar debaixo, a trupe de colegas de trabalho charmosos e parisienses – o que também quer dizer antipáticos em doses cavalares – e uma chefe durona que vai tornar a vida da nossa heroína muito, muito difícil, tadinha.

Livremente inspirado em uma sopa de O Diabo Veste Prada, Sabrina, e praticamente todas as comédias românticas já inventadas, Emily em Paris é aquela série para você ver de conchinha no sofá com a namorada, ou a patroa, ou vice-versa, caso você seja a namorada, ou a patroa. O maior benefício que a série deve trazer para a sua vida é algum nível de pax domestica. Em um dia vocês assistem a um documentário sobre o aquecimento global e o fim do mundo, no outro pedem uma comidinha no iFood e assistem às estripulias da Emily. Pronto.

A Emily é americana, o que significa que ela ama o trabalho e ele é o centro da sua vida. Os franceses acham que isso faz dela uma pessoa muito doente, e alguns tentam resgatar essa alma perdida oferecendo a ela chances e mais chances de ver e viver o que Paris tem de melhor: Paris.

Mesmo Emily acaba entendendo a mensagem, e vai se adaptando um pouco ao ritmo local, e a todos os estereótipos já concebidos sobre a França e parisienses. Se com Emily a Netflix queria sucesso de público e enlouquecer os franceses, deve ter conseguido.

Engraçado é ficar sabendo que a Emily é, na verdade, Lily Collins, filha de ninguém menos do que Phil Collins, e a gente meio que fica esperando que ela faça um solo de bateria em algum momento da temporada.

A batucada não rola. O que rola é que Emily se livra do namorado chicagoense, ao mesmo tempo em que o seu apartamento se transforma no abatedouro da Emily, que conhece de perto alguns franceses típicos enquanto aguarda que o destino a faça rolar escada abaixo até o andar do vizinho gostosão. Se você quer saber mais sobre o que acontece, veja. Não tira pedaço e ainda nos oferece umas vistas de Paris que vou te contar. Só por isso já vale, e, portanto, a ela.

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