Juremir Machado da Silva

Paleotoca do tigre

Change Size Text
Paleotoca do tigre
Um dos desafios de certas regiões do Rio Grande do Sul é o da redefinição da sua matriz produtiva. Santana do Livramento, que comemorou 200 anos neste 30 de julho, tem investido em uva, vinho, azeite de oliva, parque eólico e até soja, sem contar o turismo. Em Palomas, primeiro distrito do município, onde a Almadén está instalada desde 1976, a movimentação é grande. Começará a circular o “trem do Pampa”, um tramway que usará a linha férrea abandonada entre a estação de Livramento e Palomas. A operação deve começar em novembro. A organização de um roteiro turístico levou a explorar elementos da paisagem local. Por exemplo, a Toca do Tigre, visitada por paleontólogos e caracterizada como uma paleotoca de 200 mil anos. Desde criança que ouvíamos falar da Toca do Tigre. Nas contações de causos à beira do fogo de galpão, era o lugar de mitos, medos, bichos gigantes e bandidos escondidos. Finalmente fomos visitar o local, que fica no fundo de um campo da Almadén, junto à linha férrea. Fomos em família. Sentimos os cheiros do inverno na campanha. Experimentamos os ventos gelados que fazem lembrar dos invernos de antigamente. Pensamos na preguiça gigante que se abrigava na paleotoca em tempos imemoriais. Pode-se ficar em pé na entrada da caverna. Por causa da umidade não fogo até o fundo. Deve ter em torno de 25 metros. Em breve todo mundo poderá visitar essas belezas de Livramento. A prefeita da cidade, Ana Tarouco, estava comemorando o sucesso do show do grupo Raça Negra no Parque Internacional, praça tem parte da sua área no Brasil e parte no Uruguai. O espetáculo reuniu ao ar livre uma multidão dos dois países. A oposição foi ao Ministério Público contestar o valor pago pelo show: R$ 350 mil. Ana Tarouco garantiu que não haveria dinheiro público no cachê. Livramento festejou seus 200 anos e relembrou os 100 anos da Revolução de 1923, que ensanguentou os campos da região, inclusive os de Palomas. Tambor tribal Porto Alegre tem vivido coisas estranhas. Uma escola estadual em bairro nobre vai fechar por falta de alunos. Faz algum tempo o governo mandou reduzir o número de vagas no estabelecimento. Já o prefeito Sebastião Melo chegará, enfim, ao seu grande objetivo: privatizar a centenária empresa de ônibus da capital, a Carris. Melo alugou parte do Parque da Redenção para um bar e agora, por reclamação dos locatários, proibiu feiras dentro do parque para que não haja concorrência com quem é beneficiário de privatização de área pública por tempo determinado. O prefeito acha que o bar “deu vida” ao local. Para ele, gente andando no parque não é suficiente. Se não tem comércio, não tem vida. A lei da mercadoria não suporta tempo morto. Por enquanto, graças a uma ação popular, a devastação do parque Harmonia foi embargada. Lá, quer-se trocar árvores por roda-gigante. Parêntese da semana “Parêntese #185: Olha para elas”. Em tempos de Copa do Mundo feminina de futebol, a nossa revista bate uma bola redondinha. Luísa […]

Quer ter acesso ao conteúdo exclusivo?

Assine o Premium

Você também pode experimentar nossas newsletters por 15 dias!

Experimente grátis as newsletters do Grupo Matinal!

RELACIONADAS

Esqueceu sua senha?

ASSINE E GANHE UMA EDIÇÃO HISTÓRICA DA REVISTA PARÊNTESE.
ASSINE E GANHE UMA EDIÇÃO HISTÓRICA DA REVISTA PARÊNTESE.