Ambientalistas pedem ao Iphan tombamento nacional da Redenção
Foto: Jefferson Bernardes / PMPA
Ambientalistas e integrantes do Coletivo Preserva Redenção pediram o tombamento nacional do Parque da Redenção ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Em reunião na sede do órgão com o superintendente no RS, Rafael Passos, foi entregue um documento no qual são pontuados planos da gestão de Sebastião Melo (MDB) para conceder o espaço à iniciativa privada, segundo o Sul21. “Tal intenção implica em sérios riscos de uma total desfiguração das características paisagísticas originais do parque”, argumentam os autores. Um projeto que previa um estacionamento subterrâneo chegou a ser discutido no ano passado, mas foi retirado posteriormente. Passos explicou que o pedido será analisado por técnicos do Iphan e, em seguida, encaminhado à superintendência nacional. Na opinião dele, o tombamento em nível nacional garantiria uma maior proteção ao parque e evitaria que ele fosse modificado de acordo com interesses de ocasião.
Anunciada empresa que fará PPCI do Gasômetro – Em reforma há mais de três anos, a Usina do Gasômetro, que foi fechada ainda em 2017 por falta do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI), tem, enfim, uma nova responsável pela elaboração do documento. Vencedora do pregão eletrônico, a JK Projetos & Extintores Ltda terá três meses para concluir o serviço, após a ordem de início dos trabalhos. As obras no prédio já foram adiadas pelo menos quatro vezes. Em abril, o secretário André Flores evitou dar novo prazo, mas o Município tem prometido reabrir o espaço até dezembro e informa que 65% da reforma está concluída. Ainda está em processo de licitação a instalação elétrica, cujo edital foi relançado neste mês depois de pedidos de esclarecimentos por parte do Tribunal de Contas do Estado. Em 2021, o Matinal mostrou que, já em 2019, na gestão de Nelson Marchezan Junior (PSDB), servidores do município alertavam o Executivo sobre problemas – inclusive relacionados ao projeto elétrico – que poderiam resultar em acréscimos no orçamento final. Contratada para custar 11,44 milhões de reais, a revitalização já chegou a 23,74 milhões.
Redução da lista de imóveis protegidos do Petrópolis preocupa moradores – Quem anda pelas ruas do Petrópolis percebe, apesar da verticalização da região nas décadas mais recentes, que o bairro ainda possui um conjunto significativo de casas históricas. Hoje são 203 imóveis “inventariados”, isto é, que têm protegidas suas características externas. Mas o número de construções listadas pelo patrimônio da cidade poderia ser maior: uma lista anterior, elaborada pela própria Prefeitura, contemplava 364 construções. O procedimento do Inventário do Patrimônio Cultural de Bens Imóveis do Bairro Petrópolis foi concluído em novembro de 2022, com um número de casas 44,2% menor do que as listadas em 2016 pela Equipe do Patrimônio Histórico e Cultural, a EPAHC, subordinada à Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa. “Há muitos apartamentos para vender, constrói-se sem parar, mas, quem caminha à noite não vê muitas luzes acesas. São construções para investimento, não para morar”, diz uma moradora. Leia mais na reportagem do Matinal.
Ciclovia da Ipiranga tem diversos problema ao longo de sua extensão – Gravemente danificado durante o mais recente ciclone extratropical – e com conserto previsto apenas para o fim do ano –, o trecho da ciclovia da Ipiranga próximo ao Planetário não é o único com avarias ou obstáculos, conforme constatou a reportagem de GZH. Fissuras de dez centímetros no asfalto, “quebra-molas” causados por raízes de árvores, obstrução da visão em razão de postes e falta de guard-rails em diversos pontos foram notadas ao longo de uma travessia pelos 9,4 quilômetros da ciclovia, cujo primeiro trecho foi inaugurado há 11 anos. Consultada, a EPTC informou que um levantamento está sendo realizado para apurar todos os problemas existentes na ciclovia. Salientou, contudo, que os números de acidentes na via são mínimos.
Novo ciclone afeta o RS nesta terça – Falando em ciclone, um novo evento semelhante atua sobre o RS hoje. Sem previsão de causar vento forte, o fenômeno deve ser sentido em municípios da Região Central, Sul, Campanha, Fronteira Oeste e Região Metropolitana. Apesar do alerta para menor intensidade, a Defesa Civil não descarta alagamentos pontuais e enxurradas em arroios e córregos. Em Porto Alegre, a frente fria deverá provocar chuva até quarta-feira, com acumulados de até 40 mm. Entre quarta e quinta, o vento pode ganhar intensidade. Enquanto esse novo ciclone se aproxima, as consequências do último ainda não foram totalmente sanadas em municípios do Sul do Estado depois de duas semanas. Moradores de Rio Grande afirmam que há quem esteja pagando 30 reais para tomar um banho quente. No domingo, a CEEE Equatorial havia prometido solucionar os problemas ainda naquele dia.
Outros links:
- No caso de gambás encontrados mortos na Redenção, exames apontaram indícios de agressão por animal ou pessoa. Amostras analisadas sinalizam que não houve envenenamento, e laudos foram encaminhados à Polícia Civil.
- Após efetuar a remoção de 103 árvores do Parque Harmonia, a GAM3 Parks vai realizar o plantio de 500 exemplares de espécies nativas. Boa parte, segundo a empresa, até o fim deste ano.
- A Carris já retirou 31,5% dos cobradores de seus ônibus, num ritmo um pouco mais acelerado do que nas empresas privadas. Desde fevereiro do ano passado, 176 profissionais deixaram a função, e poucos passaram a ser motoristas.
- Giovanna Cherini, filha do deputado federal Giovani Cherini (PL), foi nomeada para um cargo em comissão na Secretaria Municipal da Saúde. Ele disse que o convite partiu do vice-prefeito Ricardo Gomes, seu correligionário.
- O Correio do Povo publicou um levantamento das pautas encampadas por deputados estaduais estreantes no legislativo gaúcho nos primeiros seis meses do ano.
- O RS teve, em média, 459 medidas protetivas de urgência concedidas por dia ao longo do primeiro semestre, ou uma a cada três minutos. O número em 2023 é 84% do registrado no igual período de 2017.
- Em direção oposta ao registrado em nível mundial, a produção científica brasileira caiu em 2022. No país, a única instituição que não registrou queda dentre as 35 avaliadas foi a UFSM.
- Juremir Machado discute a ideologização e sua aplicação, a partir do ataque de Jean Wyllys a Eduardo Leite. “Eterno franco-atirador, atrevo-me a dizer: há coisas que não são ideológicas. É possível, quando se quer, ser imparcial”.
Tetein
A Parêntese publica resenha de Leandro Maia sobre o mais recente álbum de Ian Ramil, Tetein.
Eis que chega Ian Ramil, já no primeiro single do disco Tetein e detona o símbolo máximo da economia de mercado e celebra com uma grande ciranda de mais de mil pessoas que assistem “o shoping center queimar”. A estrofe já inicia com um cruzado no queixo: “quando a publicidade morrer e desintoxicar a felicidade” e segue refletindo sobre distinção de classe, privilégio de branquitude e o real significado do amor, para muito além do egoico das redes sociais.
Leia a resenha completa aqui. Também vale conferir a entrevista de Ian Ramil ao repórter Ricardo Romanoff.
Cultura
“Barbie” cai na real
Usar o cinema para vender produtos não é nenhuma novidade. Essa velha prática, no entanto, vem se atualizando com filmes que não tentam mais disfarçar as marcas por trás da produção – ao contrário, fazem questão de explicitar essa origem mercadológica –, ao mesmo tempo em que almejam o respeito como obras cinematográficas. É o caso de Barbie (2023), versão em carne e osso da boneca de plástico mais famosa do mundo protagonizada pela atriz Margot Robbie. Leia o comentário de Roger Lerina.
Agenda
O Museu da UFRGS inaugura, às 18h, a exposiçãoNo Batuque dos Bambas da Orgia: Folia e Resistência em Porto Alegre, exposição do Curso de Museologia da UFRGS, com orientação das professoras Fernanda Albuquerque e Vanessa Aquino.
O trio Alma Lusitanaapresenta o Concerto Dia Estadual do Fado, às 20h, no Theatro São Pedro, com a participação da Orquestra Jovem do RS.
Às 20h30, o Sarau Elétrico comemora 24 anos de encontros, reunindo Carlo Pianta, Diego Grando, Luís Augusto Fischer e Katia Suman com canja musical de Jessie Jazz.
A Casa de Cultura Mario Quintana promove, de hoje a 29 de julho, a semana de aniversário do poeta Mario Quintana, com diversas atividades.
Você viu?
A loja de roupas femininas Profana, localizada há 23 anos na Cidade Baixa, lançou uma coleção que homenageia o bairro e seus arredores. As estampas foram feitas em parceria de Simone Vallier Moro, proprietária da loja, com a jornalista Tatiana Gappmayer. As roupas reproduzem fotografias da região feitas por Tatiana ao longo dos anos em que mora no bairro. Nas 18 estampas disponíveis, estão imagens de pontos clássicos da Cidade Baixa, Redenção e Centro Histórico, como a Travessa dos Venezianos, casas históricas na rua Lopo Gonçalves, fachadas da rua João Alfredo e a ponte de pedra do Largo dos Açorianos.
