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Dados desmentem “Redenção altamente deficitária”

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Dados desmentem “Redenção altamente deficitária” Foto: Eduardo Beleske/PMPA

A Redenção gera receitas de cerca de 1,3 milhão por ano aos cofres públicos, apurou reportagem de GZH com dados obtidos via Lei de Acesso à Informação. Os recursos vêm da outorga do Araújo Vianna e das operações do Mercado do Bom Fim, Parquinho da Redenção, Pedalinho do Lago e Trenzinho, além do Refúgio do Lago. Por outro lado, as despesas com manutenção, como capina e roçada, fica em torno de 1,5 milhão ao ano. Esse montante é questionado por órgãos como o Instituto dos Arquitetos do Brasil, que aponta pouca transparência na divulgação dos dados. As receitas da Redenção foram um dos argumentos que levaram a Prefeitura a elaborar o projeto de concessão do parque, descartado momentaneamente pela gestão, que trabalha numa nova versão da proposta. Ano passado, pouco antes do plano ser apresentado formalmente, o diretor de Estruturação de Desestatização da Secretaria Municipal de Parcerias (SMP), Fernando Pimentel, afirmou que a Redenção “é um parque altamente deficitário”.

Iniciativa privada financiou todas as ciclovias em Porto Alegre desde 2017 – Entre 2017 e 2022, Porto Alegre implementou mais de 30 quilômetros de vias exclusivas para bicicletas. Todas elas foram financiadas pela iniciativa privada, segundo levantamento da vereadora Mari Pimentel (Novo). A parlamentar identificou que os trechos construídos nos últimos seis anos foram executados graças a contrapartidas de empreendimentos de grande porte. De acordo com a resposta enviada pela prefeitura à vereadora, no período, foram aplicados 6,5 milhões de reais por universidades, construtoras, shoppings e varejistas nas obras que construíram 33,16 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas. Já a prefeitura investiu 6,9 milhões de reais em sinalização e manutenção dessas novas vias. Um dos mecanismos que garantiria mais recursos para a malha cicloviária, o Fundo Municipal de Apoio à Implementação do Sistema Cicloviário pode ser extinto pela gestão de Sebastião Melo se aprovado projeto de lei que aguarda votação na Câmara Municipal. Leia mais na reportagem do Matinal.

Atos marcam Dia da Mulher em Porto Alegre – O Dia Internacional da Mulher contará com uma audiência pública na Assembleia Legislativa, realizada pelas comissões de Cidadania e Direitos Humanos e de Segurança, Serviços Públicos e Modernização do Estado, a partir das 10h. Na pauta, políticas e o sistema de proteção às mulheres no Estado. O acesso das mulheres à educação e o combate à fome e ao racismo estão entre as bandeiras da marcha que sairá da Esquina Democrática a partir das 18h. Já a ONG Themis promove uma série de ações em Porto Alegre e Canoas hoje e nos próximos dias para marcar o 8M – acesse a programação aqui. Outros movimentos sociais também têm programação para hoje.


Prefeitura de Porto Alegre aplicou apenas 20% do Orçamento Participativo em 2022

Em 2022, Porto Alegre tinha 10 milhões de reais destinados ao Orçamento Participativo (OP), mas aplicou apenas 2 milhões, 20% da verba reservada. Agora, a Prefeitura promete incorporar os 8 milhões não aplicados aos 15 milhões de reais aprovados na Lei de Diretrizes Orçamentárias deste ano. Seriam, então, 23 milhões de reais à disposição da população para demandas consideradas prioritárias pelas comunidades das 17 regiões e seis temáticas que compõem o OP.

Os recursos destinados ao OP vêm caindo progressivamente, como o Matinal revelou ainda em 2020. Enquanto em 2018, foram previstos 33,4 milhões de reais, dois anos depois baixaram para 17,8 milhões. Agora reformulado, a proposta tem um teto, o que suscita críticas de delegados e também do precursor em Porto Alegre, o ex-prefeito Olívio Dutra (PT), que vê fins eleitoreiros nas mudanças.

A perda de protagonismo do OP na cidade que o lançou ao mundo vai de encontro à importância dada pelo novo governo federal, que pretende incorporar o modelo ao Plano Plurianual. A pauta avança em Brasília através do Ministério do Planejamento e Orçamento.

Leia a reportagem completa


Outros links:

  • Na abertura da conferência sobre o Plano Diretor, o prefeito Sebastião Melo disse que espera construir uma legislação “sem amarras”. Ele ainda defendeu “alterações urbanísticas” à semelhança dos planos para o Centro e o 4º Distrito.
  • Após divulgado um vídeo a respeito da possibilidade de mais prédios altos na orla, durante a abertura da conferência, representantes da Prefeitura negaram que haja projeto neste sentido. A ideia, segundo o vice Ricardo Gomes, era “provocar” o público.
  • Último ativo do Estaleiro Só, que faliu em 1995, os direitos de crédito vão a leilão no próximo dia 15 de março, informa a jornalista Giane Guerra.
  • A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia e a Rede Lado, de escritórios de advocacia trabalhista, lançaram manifesto no qual defendem a expropriação das terras de empresas flagradas com trabalhadores em situação análoga à escravidão.
  • Após oito anos sob coordenação de Giovani Cherini (PL), a bancada gaúcha no Congresso definiu Carlos Gomes (Republicanos) como novo líder.
  • Durante ato nesta terça-feira, o Cpers defendeu que o Governo do Estado utilize mais de 900 milhões do Fundeb para garantir o reajuste de 14,95% que o sindicato pleiteia.
  • O Instituto Federal do RS está com 761 vagas abertas para cursos técnicos e superiores. As inscrições vão até domingo.
  • A Justiça federal determinou retomada de processo seletivo para pessoas transgêneros na FURG. Anunciada em outubro de 2022, a ação afirmativa havia sido questionada por dois advogados que alegaram que a universidade estaria “criando direitos sem competência para tal”.
  • Orientado por Juremir na PUCRS, o pesquisador Wagner Machado acaba de defender sua tese de doutorado sobre a “(in)visibilidade” dos doutorandos negros nos programas de pós-graduação em comunicação do Rio Grande do Sul. Leia mais na coluna de hoje.

Cultura

E o problema eram os fungos

Foto: HBO Max

The Last of Us é boa de doer. Doer talvez não seja a palavra mais adequada, já que a série está recheada de dores, mas isso não tira da série o que ela é: uma das melhores coisas que eu, você, o senhor aqui ao lado podemos ver nestes tempos. Leia o comentário do escritor Marcelo Carneiro da Cunha.

Agenda (🔒)

Às 19h, no Agulha, a escritora Taiane Santi Martins lança e autografa o livro Mikaia, vencedor do Prêmio Sesc de Literatura 2022 na categoria Romance, em bate-papo com a livreira Nanni Rios.

Slam das Minas RS participa da terceira edição do Slam Aquilombaí, na Casa Verso, às 19h30. 

Às 20h, hoje e amanhã, o espaço Zona Cultural será inaugurado com a estreia do espetáculo Cabaré da Mulher Braba, da Cia. Rústica, com direção de Patrícia Fagundes – leia a matéria sobre o centro cultural e a peça.

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Você viu?

A família de Lupicínio Rodrigues reivindica a indicação do compositor gaúcho ao Oscar. Mas não é para a cerimônia deste domingo. O pedido se refere à 17ª edição, de 1945. Lupicínio Rodrigues Filho disse à Folha que pede à Academia o reconhecimento da canção Se Acaso Você Chegasse como parte da trilha do filme Dançarina Loura (Lady, Let’s Dance, 1944), indicada na categoria Melhor Trilha Sonora de Musical. O problema é que a música não está creditada no filme, mesmo tocando por cerca de 1min30 no longa-metragem. “Não devemos permitir a invisibilidade de um artista em qualquer tempo, época ou fase. Esclarecemos que não queremos qualquer retorno financeiro, mas apenas o reconhecimento moral e simbólico, inequívoco e perpétuo”, diz trecho da carta assinada por Lupi Filho e família Rodrigues publicada na íntegra pelo g1Dançarina Loura é um musical protagonizado pela patinadora britânica Belita, que também competiu pela estatueta de Melhor Música com a canção Silver Shadows and Golden Dreams. Não levou nenhuma.

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