Estado contratará empresa para montar “cidades temporárias” voltadas aos desabrigados
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Na sexta-feira, o vice-governador Gabriel Souza (MDB), anunciado como coordenador das ações emergências no RS, detalhou o plano de “cidades temporárias” do governo estadual. A montagem das estruturas deve durar até 20 dias após a contratação de uma empresa que será responsável pela montagem nas cidades de Canoas, Guaíba, Porto Alegre e São Leopoldo, que concentram 65% da população desabrigada. As áreas de instalação estão sendo avaliadas em conjunto com os municípios. Segundo a proposta, os alojamentos estarão próximos de serviços de saúde e educação e vão oferecer dormitórios, cozinhas e banheiros, entre outros ambientes. O estado também planeja medidas como aluguel social, unidades definitivas e módulos habitacionais transportáveis, bem como abrigos temporários com apoio de organizações internacionais. Enquanto isso, pesquisadores ressaltam aspectos a serem contemplados para não isolar os abrigados aos moldes de um campos de refugiados e criticam a falta de debate com movimentos de moradia.
Três consultorias internacionais vão colaborar com o governo estadual nos trabalhos de reconstrução
Seguindo o exemplo da prefeitura de Porto Alegre, o governo do RS também assinou “contrato sem ônus” com a empresa Alvarez & Marsal (A&M) para analisar, ao longo de 30 dias, o impacto das enchentes no estado. Há previsão de acordos com outras duas consultorias internacionais. A EY identificará possíveis fontes de recursos junto a instituições públicas, privadas e multilaterais, enquanto a McKinsey – que já é parceira do estado – deve atuar na última etapa do Plano Rio Grande. Na sexta, o governador Eduardo Leite anunciou a criação da Secretaria da Reconstrução Gaúcha, dois dias após o governo federal ter criado o Ministério Extraordinário de Apoio à Reconstrução do RS. A nova pasta terá à frente Pedro Capeluppi, um ex-assessor de Paulo Guedes que estava à frente da Secretaria de Parcerias e que, entre outros projetos, elaborou o edital de concessão do Cais Mauá. Na semana passada, reportagem da Matinal abordou o plano de 100 dias da A&M para Porto Alegre, que extrapola o período gratuito anunciado pela prefeitura.
Nível da Lagoa dos Patos em Pelotas recua
O nível da Lagoa dos Patos registrado em Pelotas, na região Sul, recuou cinco centímetros entre as 17h e 18h de ontem. O Laboratório HidroSens, da UFPel, também registrou no mesmo intervalo a baixa de um centímetro no canal São Gonçalo, que liga a Lagoa dos Patos e Mirim. Nos últimos dias, a conexão entre ambas aumentou devido ao alto volume de água. Contudo, a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) alertou para a segunda leva de água vinda do Guaiba e para previsão de, pelo menos, 50 milímetros de chuva. Em São Lourenço do Sul, a Lagoa dos Patos registrou elevação de oito centímetros na manhã de ontem. Já em Rio Grande, a laguna mantém os níveis em oscilação, mesmo registrando recuo de seis centímetros entre sábado e domingo.