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Justiça suspende leilão do prédio da Smov

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Justiça suspende leilão do prédio da Smov Fachada do prédio da Smov, na Av. Borges de Medeiros | Foto: Luciano Lanes / PMPA

O prédio onde funcionou a antiga Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov), na Avenida Borges de Medeiros, teve seu leilão suspenso por determinação da Justiça. A juíza Juliana Neves Capiotti atendeu, no domingo, a pedido do MPRS, que detalhou em ação cautelar a preocupação do Conselho Regional de Arquitetura e Urbanismo (CAU/RS) com o interesse da prefeitura em alienar um imóvel com valor histórico e cultural. O leilão deveria ocorrer hoje, às 10h, em sessão pública no Portal de Compras Públicas, com lance mínimo de 48,1 milhões de reais. Os recursos da venda seriam utilizados pela prefeitura para a construcão de Habitação de Interesse Social no bairro Humaitá. Em nota divulgada logo após a decisão, a Procuradoria-Geral do Município informou que recorrerá junto ao Plantão do Tribunal de Justiça para manter o procedimento.

Assessor indicado por Melo para receber doações via pix já foi condenado por furto de vales – Um homem condenado por furto é a pessoa escolhida pelo prefeito Sebastião Melo para receber, sem fiscalização pública, na chave pix pessoal, doações às vítimas das cheias em Porto Alegre. Na sexta-feira, a Matinal revelou que a prefeitura enviara a secretários e subordinados uma mensagem pedindo doações em uma conta pessoal, procedimento considerado irregular por especialistas em direito público. Neste fim de semana, o vereador Roberto Robaina disse que José Francisco Vieira de Moura, o assessor que Melo designou para receber o dinheiro, foi condenado a dois anos de prisão e pagamento de multa pelo furto de vale-refeição do Banrisul ainda quando era estagiário do banco. Posteriormente, a pena foi revertida para prestação de serviços à comunidade. No final de semana, após a repercussão negativa do caso, Melo gravou um vídeo alegando que seus críticos tentavam deturpar uma ação de solidariedade. Diante das manifestações, entretanto, prometeu divulgar os números das doações aos órgãos de controle. Leia mais no site. 

Prefeitura muda projeto do trecho 2 da orla após enchente — Por sugestão do DMAE, a prefeitura vai incluir a previsão de elevação do terreno no projeto de revitalização do trecho 2 da orla do Guaíba, que vai da Rótula das Cuias até o Arroio Dilúvio. A alteração prevê uma cota de inundação de 3,30 metros, em vez da atual de 3 metros. Segundo a secretária municipal de Parcerias, Ana Pellini, o objetivo é deixar o local mais seguro, depois que o Guaíba atingiu nível recorde nas enchentes da semana passada. O projeto, orçado em 400 milhões de reais, prevê a construção de um centro de eventos, um anfiteatro, uma marina pública e um farol-mirante. A prefeitura também descobriu uma linha de transmissão de alta tensão passando pela região, e por isso o espaço de área construída também vai passar por readequação. Pellini não acredita que os alagamentos recentes vão afetar o interesse dos investidores. A prefeitura quer lançar o edital no começo do segundo semestre de 2024. 

Animais são encontrados mortos entre Rio Grande e Chuí – Mais de cem animais marinhos foram encontrados mortos ao longo do litoral do Rio Grande e do Chuí no fim de semana. Técnicos municipais da Defesa Civil localizaram os corpos durante a vistoria de 157 quilômetros entre as duas cidades. Em apenas um dia, foram descobertos 68 toninhas – uma espécie de golfinho –, 38 tartarugas, 12 leões-marinhos, três baleias, 14 aves e centenas de peixes. No caso das baleias e dos peixes, suspeita-se de morte natural: é comum que a ressaca do mar atire os animais na faixa de areia, impossibilitando-os de retornar à água. Já os leões-marinhos, tartarugas e toninhas podem ter morrido em decorrência do surto de gripe aviária que assola a costa gaúcha. A Defesa Civil recomenda aos banhistas que, caso encontrem animais na praia, evitem contato físico devido ao risco de contágio.


Outras notícias:

  • Moradores das ilhas de Porto Alegre retornam para casa e tentam retomar a rotina após inundações. Mais de 2,1 mil pessoas foram resgatadas pela Defesa Civil na região, e 167 ainda estavam em abrigos até ontem.
  • A prefeitura de Gramado decretou estado de calamidade, enquanto moradores relatam rachaduras em casas e ruas na região onde um prédio desabou na última semana.
  • Aliás, o Ministério Público do Rio Grande deve solicitar à Justiça uma audiência sobre o caso.
  • Canoas decretou situação de emergência por conta dos danos causados pela chuva e pelas cheias dos rios dos Sinos e Gravataí.
  • O Pérola Negra, embarcação-restaurante atracada na orla de Ipanema desde 2022, foi retirado pela prefeitura na sexta-feira. Defesa Civil pediu a remoção por risco de danos ao calçadão durante as cheias do Guaíba.
  • Justiça determina reintegração de posse do imóvel onde funciona a ocupação Mirabal. O local acolhe vítimas de violência doméstica, mas é objeto de disputa pela prefeitura, que acusa a entidade de não ter “condições básicas” para o acolhimento.
  • Estão abertos até dia 30 os editais para as eleições do Conselho do Plano Diretor de Porto Alegre de representantes e de entidades. A votação será online. A convocação foi uma ordem judicial que considerou irregular a prorrogação dos mandatos.
  • Os ingressos para o Carnaval 2024 de Porto Alegre já estão à venda. Os desfiles vão acontecer no Porto Seco nos dias 23 e 24 de fevereiro.
  • Faltando pouco para a formatura, os últimos alunos do Centro Universitário Metodista – IPA relatam dificuldades com os trabalhos de conclusão de curso e temem liberação do diploma.

Juremir Machado da Silva

Últimas da cena pop

Se o agro é pop, o sertanejo também é. O Brasil é sertanejo. Goiânia, Ribeirão Preto, Barretos e Sorocaba têm mais influência sobre a estética brasileira do que Rio de Janeiro, São Paulo e Nova York. É só ouvir o que roda nas rádios vinte e quatro horas por dia, no streaming e ver como a turma se veste e corta o cabelo. Não sou fã de música sertaneja. Era no tempo do sertanejo raiz, daquelas modas de viola sobre a saudade da roça. Depois que o sertanejo se tornou filosofia de autoajuda ou, como dizia o grande produtor musical Miranda, “música pra fazer filhinho”, não ouvi mais, “descontinuei”. Aquilo que o pessoal “performa” não me “entrega” emoção.

Leia a coluna completa.


Cultura

Napoleão não cabe em um filme

Sony Pictures/Divulgação

Ridley Scott é ambicioso o suficiente para abordar uma figura leonina como Napoleão Bonaparte (1769 – 1821). Repetindo a parceria com Joaquin Phoenix em Gladiador (2000), o cineasta inglês aventurou-se a contar a trajetória do conquistador francês em Napoleão (2023), um épico que mistura episódios históricos, batalhas espetaculares e arrebatamentos amorosos para reviver na tela um dos personagens mais importantes da história moderna. Leia a resenha de Roger Lerina.

Agenda

A partir das 9h, Antônio Augusto Bueno inicia a produção da obra Toda Transformação Também É Primavera, dentro do projeto Grafite de Giz, no Centro Cultural da UFRGS

Também no Centro Cultural da UFRGS, o projeto Solo Piano recebe os pianistas Jessé PiñonMartim AntunesPaloma Monteiro e Patrick da Silva Hertzog, às 12h30.

Às 15h, o Centro Histórico-Cultural Santa Casa promove o lançamento do livro Racismo, Relações de poder e História negra em Porto Alegre, organizado por José Rivair MacedoPaulo Roberto Staudt Moreira e Véra Barroso.

Clique nos links para informações sobre ingressos, endereços e detalhes dos eventos.

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Você viu?

O Brasil tem 10 mil quilômetros de litoral, mas sem a atenção devida para o ecossistema costeiro, sua preservação é negligenciada. Para mudar essa realidade, foi lançado o 1º Diagnóstico Brasileiro Marinho-Costeiro sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, o mais completo levantamento já realizado sobre a biodiversidade marinha-costeira do Brasil. Elaborado por acadêmicos, jovens pesquisadores e representantes de povos indígenas e populações tradicionais, a publicação reúne dados sobre o papel do ecossistema costeiro para bem-estar humano e para a geração de riqueza. Os números são superlativos. Só para ter uma ideia, o litoral brasileiro é a casa de 1.359 espécies de peixes e de 1.717 espécies de crustáceos, entre outros animais. Além disso, possui uma grande diversidade cultural. Treze capitais brasileiras estão na costa, além de 61 terras indígenas e 111 territórios quilombolas.

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