Sebastião Melo indica nova tarifa dos ônibus em abril
Foto: Giulian Serafim/Arquivo PMPA
O prefeito Sebastião Melo (MDB) revelou que irá deixar para abril a definição sobre a tarifa dos ônibus. À Rádio Gaúcha, ele atribuiu o adiamento a negociações com o governo federal sobre subsídios para o setor, em especial para passageiros com mais de 65 anos, isentos de pagamento por lei federal. O prefeito não se comprometeu em manter a passagem a 4,80 reais, preço praticado desde 2021.
Melo destacou que vem aportando recursos públicos na área por meio das isenções. No ano passado, as empresas de ônibus receberam quase 100 milhões de reais dos cofres municipais, por meio do programa +Transporte, que alterou a composição dos custos da passagem. Diante do questionamento sobre o aumento de custos com o quilômetro dos coletivos para este ano, ele lembrou que ainda depende da política sobre o diesel e disse: “Eu tenho um limite orçamentário”.
Ainda neste tema, Melo defendeu a substituição da frota por ônibus elétricos, além da integração do sistema de ônibus e lotações, assim como com o transporte metropolitano. “É um desarranjo no sistema que vai além da passagem”, afirmou.
O que mais você precisa saber
Concessão do Dmae e “revogaço” no South Summit – Em outra rodada de entrevistas nesta quarta, Melo afirmou que vai levar à Câmara a proposta de concessão parcial do Dmae. No projeto, parte dos serviços da autarquia seriam repassados à iniciativa privada por 30 anos, enquanto a prefeitura investiria em drenagem urbana a partir dos recursos recebidos pela outorga. A inspiração foi o formato adotado pela Cedae, do Rio de Janeiro e o modelo foi elaborado em conjunto com o BNDES. A concessionária será responsável por atender às metas do Marco Legal do Saneamento. “O caminho hoje é você potencializar os setores da prefeitura para serem bons fiscalizadores”, justificou. O tema já provocou debates na Câmara. Na pauta econômica, o prefeito prometeu um “revogaço” a ser anunciado durante o South Summit. Segundo informou ao Jornal do Comércio, seriam legislações “que prejudicam o empreendedorismo da cidade, prejudicam a liberdade econômica”. Contudo, o prefeito não adiantou quais textos serão revistos.
TRF4 suspende remoção forçada de indígenas no Morro Santana – A juíza federal Tani Maria Wurster, convocada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), suspendeu na noite de terça-feira a desocupação da área no Morro Santana em disputa entre as comunidades indígenas Kaingang e Xokleng e a Maisonnave. Com a decisão, fica anulada a liminar anterior, que previa reintegração de posse forçada com apoio de força policial em caso de descumprimento dentro do prazo estabelecido. A magistrada considerou que, em primeiro lugar, há consenso entre as partes em buscar solução para o conflito. Ela também levou em conta uma decisão do Supremo Tribunal Federal que prevê a instalação de Comissões de Conflitos fundiários em casos de reintegrações de posse, além de uma norma do Conselho Nacional de Justiça que estabelece diretrizes para garantir o direito dos povos indígenas à Justiça.
TJ revoga uma das liminares que impedia assinatura de alienação da Corsan – O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul revogou nesta quarta-feira uma das liminares que barrava a conclusão do acordo de venda da Corsan. Há, no entanto, outras ações que travam a assinatura do contrato entre Piratini e o Consórcio Aegea, que venceu o leilão ocorrido no fim do ano passado. Essas ações questionam a precificação da venda da Corsan, assim como a validação de aditivos contratuais que a empresa firmou com alguns municípios que atende, segundo o presidente do Sindiágua/RS, Arilson Wünsch. Ao Jornal do Comércio, ele disse que o acordo entre o Governo do Estado e as empresas estava previsto para ser firmado até o dia 20, o que não ocorreu. Destacou também que espera que a Assembleia crie uma CPI sobre a privatização. Nesta quarta, que foi Dia Mundial da Água, manifestantes protestaram contra a privatização da Corsan em frente ao Palácio Piratini.
Outros links:
- Porto Alegre fará parte de uma pesquisa com professores de redes municipais para definir diretrizes de política nacional de alfabetização infantil.
- O Comitê Gaúcho pela Revogação do Novo Ensino Médio foi lançado ontem, reunindo entidades sindicais, estudantis, parlamentares, professores, pais e alunos contrários à reforma em curso.
- Professores voltaram a se mobilizar em frente ao Piratini contra a proposta de 9,45% de reajuste no piso do magistério. Segundo o Cpers, há a previsão de que o projeto seja votado até o dia 4 de abril.
- O novo gestor do Ceitec apontou que o centro tem limitações tecnológicas para produções mais complexas, mas pode fazer tags para identificação de animais, veículos e passaporte. Extinto pelo governo Bolsonaro, o Ceitec pode ter o processo de liquidação revertido.
- O governador Eduardo Leite (PSDB) entregou à bancada gaúcha uma lista de obras federais que considera estruturantes para o Estado, entre elas a extensão da BR-448 e a conclusão da nova Ponte do Guaíba.
- Leite também foi à Aneel defender a instalação de uma termoelétrica em Rio Grande, travada pela agência. Ele destacou a variedade na matriz energética e o potencial econômico numa região empobrecida do Estado.
- O vereador Sandro Fantinel fez sua primeira declaração pública desde o pronunciamento com falas preconceituosas contra baianos. Na Câmara de Caxias, ele pediu perdão aos colegas e aos nordestinos.
- O curso de Odontologia da UFRGS aparece na 48ª posição entre os mais de 1,5 mil cursos de 93 países, além de ser o 4º melhor do Brasil.
- “Por onde ando agora, carrego um tríptico: esquerdista – comunista – petista”, escreve Juremir sobre o que dizem por aí os “seus biógrafos”.
Cultura
Agenda (🔒)
A mostraEsta Coisa que Pulsa entra em cartaz no Museu da UFRGS, às 18h, apresentando trabalhos produzidos na Oficina de Criatividade do Hospital Psiquiátrico São Pedro.
No projeto Mistura Fina, o quartetoInquilinas – Mel Souza, Paola Kirst,Thays Prado e Viridiana – homenagia Gal Costa, às 18h30, no Foyer Nobre do Theatro São Pedro.
O escritor Rafael Guimaraens lança a terceira edição do romance Tragédia da Rua da Praia (Libretos), às 19h, na livraria Paralelo 30.
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Você viu?
Falar em concurso de beleza feminina pode soar meio anacrônico em 2023. Mas esta edição do Miss Universo Rio Grande do Sul mostra que ainda há espaço para quebrar paradigmas. Pela primeira vez, são aceitas mulheres com filhos, casadas e divorciadas. Além disso, o concurso deste ano vai contar, também de forma inédita, com a primeira candidata transgênero. Bethina Marcante, de São Borja, conta que nunca foi militante das pautas LGBTQIA+ e ainda está se acostumando com a expectativa em torno da sua participação. “Eu sempre tento quebrar a barreira e me apresentar como ser humano”, falou ao G1. A candidatura de mulheres trans nunca foi vetada no concurso, mas jamais uma havia participado da etapa estadual. Coincidência ou não, a empresa organizadora do concurso foi comprada, em 2022, por Anne Jakapong Jakrajutatip, uma tailandesa trans e ativista, a primeira mulher a dirigir o popular concurso, que já pertenceu a Donald Trump.
