UFRGS encaminha pedido de destituição do reitor e da vice ao MEC
*Matéria atualizada às 16h27 de 21/12 para acrescentar informação sobre o MPF
A UFRGS encaminhou o processo de destituição do reitor, Carlos Bulhões, e da vice-reitora, Patrícia Pranke, ao Ministério da Educação (MEC), que terá a palavra final sobre a saída dos dois gestores. O pedido de afastamento da dupla foi aprovado pelo Conselho Universitário (Consun), a instância máxima deliberativa na universidade, no início deste mês.
Não há prazo para resposta do MEC quanto à solicitação do Consun, mas movimentos internos no Conselho articulam a criação de uma comissão para o acompanhamento do caso. Na primeira vez que a destituição foi aprovada na UFRGS e encaminhada ao MEC, a resposta – que foi o arquivamento do pedido – ocorreu quase quatro meses depois do envio.
Aprovado por com 60 votos dentre 77 possíveis no plenário do Consun, o atual processo que pede a destituição da reitoria é embasado, em especial, pela falta de gestão democrática na universidade. Considerada centralizadora, a postura de Bulhões teria atrapalhado o andamento da administração central e promovido desmonte de programas centrais na vida acadêmica, além da falta de transparência na gestão de recursos. Os pontos levantados no processo também foram enviados ao Ministério Público Federal (MPF) para análise das possíveis irregularidades – o órgão confirmou à Matinal que abriu expediente para apurar o caso, uma fase preliminar antes de decidir se irá apurar ou não o caso.
Caso seja efetivada pelo MEC, a destituição encurtaria, no máximo, alguns meses da gestão Bulhões e Pranke na UFRGS, pois o mandato da dupla termina em setembro. Se o pedido for aprovado pela pasta, novas eleições precisarão ser convocadas dentro de 60 dias após a decisão.
E-mail: [email protected]