Reportagem

Chuva de terça-feira deixa 25 mil unidades sem luz na área de atuação da CEEE Equatorial

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Chuva de terça-feira deixa 25 mil unidades sem luz na área de atuação da CEEE Equatorial Porto Alegre não chegou a ter tanta chuva, mas registrou faltas de luz | Foto: Gregório Mascarenhas

Depois da chuva que atingiu Porto Alegre e diversas outras cidades, a cidade registrou novamente problemas no fornecimento de energia elétrica – no final da tarde de terça-feira, eram 25 mil unidades sem luz na área de concessão da CEEE Equatorial, sobretudo na capital, na região metropolitana e no litoral gaúcho. 

“Os municípios mais atingidos são Porto Alegre, Viamão, Balneário Pinhal, Mostardas, Osório e Cidreira. Equipes da concessionária estão nas ruas, trabalhando com agilidade para normalizar o fornecimento de energia a todos os clientes, o mais rápido possível”, informou a Equatorial, em nota enviada à imprensa.

Foram, de acordo com o Inmet, 23,3 mm de chuva no bairro Jardim Botânico – cerca de 20% da precipitação média para o mês de abril, até 13h. Além da falta de luz, a cidade registrou alagamentos com bloqueios parciais em avenidas de todas as regiões. Na Lomba do Pinheiro, parte da estrutura do espaço onde acontecem as obras de reforma e ampliação do Pronto-Atendimento da Lomba do Pinheiro foi destelhada, resultado em suspensão temporária dos serviços.

Chove menos, mas falta luz

A chuva verificada em Porto Alegre, porém, foi consideravelmente menos volumosa do que em cidades mais a oeste no estado, como Santiago (130 mm), São Luiz Gonzaga (100 mm) ou Caçapava do Sul (89 mm). Mas ainda assim, a reportagem teve acesso a relatos sobre falta de energia em bairros como Cidade Baixa, Farroupilha, Santana, Higienópolis, Auxiliadora e Ipanema. 

Autor do requerimento de criação da CPI da CEEE Equatorial na Assembleia Legislativa, o deputado Miguel Rossetto (PT) afirma que passou a receber mensagens sobre os receios com a falta de luz tão logo começou a chover forte em Porto Alegre. 

“Faltam investimentos, a mão de obra é composta por trabalhadores sem possibilidade de qualificação, sujeitos a acidentes de trabalho. Sofre a população. Tudo isso num momento, inclusive, no qual a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) não dispõe de contrato com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Nós estamos sem nenhuma fiscalização efetiva nesse serviço essencial que é a oferta de energia elétrica”, relatou o deputado. “Há situações no interior do estado de falta de energia há 15 ou 20 dias.”

Uma comissão de inquérito foi instalada na Câmara Municipal de Porto Alegre para investigar possíveis ilicitudes no serviço da concessionária, mas o mesmo não se repetiu na Assembleia Legislativa do estado, justamente a instância que teria mais possibilidade de deliberação sobre um assunto de competência estadual. Para que o pedido de abertura seja protocolado, são necessárias as assinaturas de um terço dos deputados, ou 19 parlamentares. Desde janeiro, o pedido de CPI tem 18 apoiadores. 

“O desespero da nossa população contrasta com o silêncio absurdo do governador do estado, do governo e até mesmo de uma maioria de uma Assembleia que se recusa a cumprir o seu papel, a apoiar uma CPI que tem capacidade real de investigação e pode oferecer alternativas para que essa situação seja interrompida”, protestou Rossetto. 

O contrato de regulação dos serviços pela Agergs venceu no dia 31 de março. A agência informa que negocia um novo modelo de contratação com a Aneel.


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