Mulheres e crianças desalojadas contam com novos abrigos exclusivos
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Após casos de abuso, poder público e sociedade civil organizam locais de acolhimentos mais seguros e ações para combater a violência de gênero
A partir de hoje, mulheres que tiveram de deixar suas casas após as enchentes que afetam o Rio Grande do Sul têm mais opções seguras de abrigamento. A preocupação do poder público surgiu após denúncias de abusos sexuais dentro dos locais de acolhimento – até o final da semana, seis pessoas haviam sido presas.
No sábado, entraram em funcionamento dois abrigos organizados pela prefeitura, um na zona sul, na Paróquia São Martinho, no Cristal, e outro na área central, na esquina das ruas Silva Só e Felipe de Oliveira. O primeiro tem capacidade para 60 mulheres e crianças, e não aceita animais de estimação. Já o segundo pode receber até 98 mulheres e crianças, com a possibilidade de acolher também pets. Em ambos, só é permitida a entrada de meninos de até 12 anos.
Com parceria do poder judiciário, o terceiro local da prefeitura entra em operação a partir deste domingo (12) e está localizado na zona leste, no Foro Regional do Partenon. O espaço tem capacidade para abrigar 50 mulheres, porém sem crianças ou animais de estimação.
Outras iniciativas
Entidades civis também se organizam. No sábado, a ONG E se fosse você?, fundada por Manuela D’ávila, anunciou a abertura do seu abrigo número 1, em parceria com a escola Luciana de Abreu. Outro espaço de acolhimento exclusivo está sendo montado pelo Movimento de Mulheres Olga Benario e a Casa de Referência Mulheres Mirabal em parceria com uma escola estadual. A Casa está aceitando voluntárias e doações de itens como colchões, roupas de cama, itens de higiene e limpeza, fraldas, leite e fórmula infantil, para poderem estruturar o local.
Ao menos um abrigo na capital recebe exclusivamente famílias LGBTQIA+, informa a agência Diadorim.
Ligue 180
O governo federal, por meio do Ministério da Mulher, anunciou na sexta-feira (10) que o Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher dará atendimento prioritário às vítimas da enchente. Por meio de parceria com autoridades locais, a Central irá receber denúncias e encaminhar para o Centro de Combate à Violência Doméstica do Ministério Público do estado. Além disso, também compartilhará informações sobre os locais de acolhimento exclusivos para mulheres. Ao fazer contato telefônico é só digitar a opção número 7 para falar sobre o Rio Grande do Sul. Também é possível contatar o serviço por meio do Whatsapp, enviando uma mensagem para o número (61) 9610-0180.