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Em meio à indefinição do PL, Melo diz ter sido procurado por PP e PSD para ocupar a vice-candidatura

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Em meio à indefinição do PL, Melo diz ter sido procurado por PP e PSD para ocupar a vice-candidatura Na Federasul, Melo teve boa recepção junto ao empresariado | Foto: Sergio Gonzales / Federasul

Durante o tradicional evento Tá na Mesa, da Federasul, nesta quarta-feira, o prefeito Sebastião Melo foi bastante questionado sobre o cenário eleitoral deste ano. Ainda evitando confirmar sua candidatura, apesar de ser o nome do MDB à reeleição, ele comentou a situação de uma eventual chapa, que não terá Ricardo Gomes (PL) na vice. O atual vice-prefeito anunciou que não vai concorrer após intervenções do diretório nacional em seu partido, no início do mês. 

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Melo pontuou que, no momento, não lhe cabe pressionar outras legendas para composição de chapa. Em momento de indefinição do PL, o prefeito confirmou que foi procurado oficialmente por PP e PSD, que informaram que gostariam de contar com a vice. “Há duas posições bem definidas já, com certeza pode ter mais”, comentou.

“A candidatura d֧o vice é mais construção do que o prefeito, o governador ou o presidente da República”, disse. “Se você tem seis, sete, nove, dez partidos, tem que construir com seus parceiros quem é o vice.” No PP, Simone Leite despontaria como um nome a ocupar a vaga de Gomes – segundo a jornalista Rosane de Oliveira, de GZH, o próprio Melo já teria sondado a empresária.

Atualmente, Melo conta com uma base de 11 partidos, mas lembrou que a situação “trata-se de um contrato que termina em dezembro”. Mesmo reiterando que irá respeitar o tempo das legendas quanto à definição ou não de candidatura própria, garantiu que está atento à movimentação ao seu redor: “Eu sendo candidato e se o PSDB entender não ter candidato, eu vou procurar eles um minuto depois. Um minuto depois”, enfatizou. “Se o PL entender não ter candidato, e eu ser candidato, eu vou procurá-los um minuto depois.”

O prefeito projetou até cinco candidaturas ao Paço Municipal em outubro. Colocou-se como uma opção “de centro direita”, ainda que tenha sinalizado contar com apoio da ala bolsonarista – a quem fez acenos durante a convenção do MDB na semana passada, quando colocou-se como opção ao PT e criticou a “ditadura do Judiciário”, expressão muito utilizada por apoiadores do ex-presidente. 

Para ele, as conversas e articulações para a chapa majoritária ganharão tração a partir do dia 6 de abril, quando a janela partidária voltará a ser fechada e as legendas já conhecerão os nomes com quem poderão contar no pleito. “Fazer bancada é importante também. Então, está todo mundo concentrado com os vereadores”, afirmou, projetando um “afunilamento” de candidaturas para um segundo momento.

Melo ainda considerou a disputa em Porto Alegre como “um Gre-Nal”, indicando que já espera o segundo turno. E justificou por isso a sua espera para a construção de sua chapa: “Em eleição de dois turnos, tu não podes queimar ponte com ninguém. Então, você tem que construir. O certo é que, se eu for disputar a eleição, eu não vou estar ao lado do PT”.

Entrosamento com empresários 

Depois da coletiva na Federasul, Sebastião Melo discursou para uma plateia que contava com um bom número de representantes do primeiro escalão municipal e de vereadores da base. Ao lado deles estavam empresários, que demonstraram entusiasmo com falas do prefeito. 

Em um momento em que o governador Eduardo Leite (PSDB) vem enfrentando dificuldades na relação com o empresariado, em razão do corte de incentivos ficais, este público abraçou Melo, interrompido cinco vezes por aplausos em menos de uma hora – situação distinta a que enfrentou na Câmara na segunda-feira, quando deixou o plenário depois de ser vaiado por servidores aposentados da Guarda Municipal. 

Os aplausos do público empresarial, em sua maioria, vieram durante falas de cunho liberal. Melo defendeu que Porto Alegre é “a capital das parcerias”, citou que sua gestão reduziu impostos, burocracia e estado, ao passo que aumentou a arrecadação, tendo como objetivo o equilíbrio fiscal.  

Entre anúncios e promessas de mais PPPs – que tratam desde o aterramento de fios à despoluição do Arroio Dilúvio – como se falasse já em tom de campanha, o prefeito defendeu: “As parcerias público-privadas levam aos compromissos sociais”.


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