Arthur de Faria & Orkestra do Kaos no Ocidente

Depois de 20 anos à frente do Arthur de Faria & Seu Conjunto, o cantor, compositor e pianista resolveu montar uma banda cercado de músicos da nova cena de Porto Alegre. O único critério: “Todos têm de ter idade para ser meus filhos”. A escolha foi fácil, porque já estavam todos na sua mira: cinco grandes músicos, donos de estilos bastante pessoais, a maioria com seus próprios projetos musicais individuais. O Ocidente Acústico recebe a Orkestra do Kaos nesta quinta-feira, dia 3 de maio, a partir das 23h. Helio Flanders, da banda Vanguart, é o convidado da noite. Em uma das guitarras, está o guitar hero Erick Endres – que, do alto dos seus 20 anos, acaba de lançar seu segundo disco, do qual escreveu todas as músicas, cantou todas as vozes e tocou todos os instrumentos. Na outra, Lorenzo Flach, 23 anos – o instrumentista mais disputado dessa geração, atualmente envolvido em duas dezenas de projetos -, grande criador de texturas e sonoridades, com um profundo conhecimento de música brasileira. No baixo, o suingue e a elegância de Bruno Vargas, 30, da Quarto Sensorial, uma das bandas mais interessantes da fervilhante jovem cena da música instrumental da cidade. Por isso, na bateria, também aos 30, Lucas Kinoshita, o japonês gaúcho mais uruguaio do mundo, pesquisador de ritmos do Sul, produtor, engenheiro de som e integrante da banda pop Trem Imperial. Por fim, dividindo os vocais com Arthur, Maria Antônia de Faria, 19, a caçula da turma – que não só tem idade para ser filha de Arthur como efetivamente o é. Essa formação de banda de rock – vozes, guitarras, baixo e bateria, eventualmente acordeom e piano -, com foco no groove e na invenção, não toca rock, mas milongas, candombes, reggae, samba, chacarera, tango… com essa sonoridade. O resultado já está no EP Ao Vivo no Estúdio, lançado em 2017 pela Loop Discos, de Porto Alegre, em alguns clipes e muitas participações em programas de televisão, como o Cultura Livre, da TV Cultura de São Paulo. Em maio, a trupe pega a estrada com uma turnê que passa por Porto Alegre, Punta del Este, Montevidéu e Buenos Aires, lançando o segundo disco, intitulado A Vida Agitada da Superfície, produzido por Kiko Dinucci e Mauricio Tagliari. Quinta