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“As Palavras da Nossa Casa” ganha versão online

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“As Palavras da Nossa Casa” ganha versão online
Sucesso de público na Casa das Rosas, o espetáculo imersivo As Palavras da Nossa Casa, do Núcleo Teatro de Imersão, teve sua temporada interrompida por conta da pandemia de Covid-19. Por isso, o grupo decidiu reambientar o texto e explorar os recursos oferecidos pela internet para criar uma versão online e bem diferente da peça. A temporada digital acontece pela plataforma Zoom entre os dias 18 de julho e 30 de agosto, com sessões aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 20h. A dramaturgia da peça foi escrita por Adriana Câmara, que também assina a direção, e Glau Gurgel a partir de vários filmes do cineasta sueco Ingmar Bergman (1918-2007). — A principal referência é Sonata de Outono (1978), mas também fazemos referências a Através de um Espelho (1961), Gritos e Sussurros (1972), Morangos Silvestres (1957) e Face a Face (1976) — revela a diretora. Com a proposta de criar uma experiência que fosse a mais imersiva possível para quem assiste pela plataforma de conferências Zoom, foram feitas algumas mudanças na trama: a história, que anteriormente era ambientada nos anos de 1960, passou a ser situada nos dias de hoje; o figurino também ganhou ares contemporâneos; e a pandemia do novo coronavírus se tornou parte da narrativa. Na trama, o espectador acompanha uma reunião virtual no próprio Zoom entre a famosa cantora lírica Charlote (interpretada pela atriz Gizelle Menon), sua filha única Eva (Adriana Câmara) e seu genro Victor (Glau Gurgel). As duas não se veem há muito tempo e guardam muitas mágoas do passado, como o fato de Eva ter precisado lidar com a perda de seu único filho sem o apoio de Charlote, que tentava administrar as demandas de sua carreira internacional. Charlote vive na agitada metrópole São Paulo (SP), enquanto Eva optou por uma vida mais tranquila e foi morar com o marido pastor presbítero Victor em Garanhuns (PE). Como Victor teve contato com alguém que contraiu Covid-19 na sua paróquia, ele e Eva dividem telas diferentes – enquanto ela circula pelo apartamento, ele acessa a conferência do escritório, onde passa a quarentena. Para resgatar os sentimentos nobres que ainda existem entre elas, mãe e filha precisam encarar todas as suas feridas, e, nesse processo, acabam proferindo palavras muito duras, de que, possivelmente, se arrependerão. A montagem sensível busca a identificação imediata com o espectador, ao tratar de temas como o amor, as cobranças e expectativas na criação dos filhos, as diferenças de geração, a falta de comunicação em relacionamentos, a esperança e os recomeços após dores profundas e os temores trazidos pela pandemia, em uma abordagem que parte de situações e conflitos parecidos com os que todos já vivenciaram ou testemunharam. O caráter imersivo da montagem ganha outros contornos via Zoom. Enquanto, na Casa das Rosas, os espectadores entravam no casarão de Eva e Victor e percorriam seus diversos cômodos, agora, na versão virtual do espetáculo, o público entra na videoconferência da família, acompanhando bem de perto esse encontro virtual e tendo a oportunidade de conhecer […]

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