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“Em Chamas” estreia no Teatro Renascença

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“Em Chamas” estreia no Teatro Renascença
Quatro histórias unidas pela violência. Em Chamas é escrito por Manjula Padmanabhan sob as cinzas da Revolta de Gujarat, ocorrida no norte da Índia em 2002. O espetáculo entra em cartaz nesta sexta (8/11), às 20h30min, no Teatro Renascença. A apresentação conta com Denizeli Cardoso, Gabriela Greco, Lauro Fagundes e Luiz Manoel no elenco e Matheus Melchionna na direção. A partir de quatro histórias, o espetáculo Em Chamas convida a uma reflexão sobre os diversos olhares que compõem, neste momento, a sociedade: microversos que querem gritar, ter seu momento de fala legitimada. Uma exposição dos fracassos enquanto humanidade. Violência, democracia, livre-arbítrio, compaixão e alteridade são pontos temáticos abordados. Um segregacionista faz um relato brutal sobre as chamas ocultas que incendiaram seu país. A apresentadora do programa Saiba a Verdade revela situações cotidianas extremas. Um mestre de cerimônias propõe um jogo fatal onde a plateia enuncia suas famosas últimas palavras. Uma figura clama pelo fim da violência, fazendo uma invocação aos deuses da democracia: as pessoas. Quatro personagens unidas pela barbárie presente em nós mesmos. Mundos completamente diferentes, mas o mesmo mundo. A estreia marca o lançamento inédito da autora indiana no Brasil. Padmanabhan extrai de uma situação específica de seu país uma amplitude que ressona através de fronteiras geográficas para atingir a singularidade do humano. Falar é urgente, se comunicar mais ainda – o que pressupõe uma escuta, mote para a encenação, que se volta para deixar o texto em primeiro plano durante todo o espetáculo. Há um texto pulsando, atores cruelmente presentes e uma cenografia minimalista enriquecida pela sujeira da tecnologia – um mundo em chamas e destruído na fala que não se concretiza no palco. Manjula Padmanabhan foi a primeira dramaturga indiana a ganhar reconhecimento internacional, porém, a América Latina não fez parte desta internacionalização até o presente momento. A estreia do texto e da autora no Brasil não poderia vir em uma época mais importante para questionar e refletir o modo como lidamos com a intolerância. Melchionna afirma: “Montar esse texto, da Índia de 2002 no Brasil de 2019, carrega a pertinência de pensar as relações que estabelecemos como países que se observam tão distintos em herança e tradição cultural e que, entretanto, no cerne de suas desigualdades sociais são extremamente semelhantes. Buscamos com esse espetáculo pensar no que nos conecta enquanto humanidade como um todo, na nossa ancestralidade e na simplicidade de contar e ouvir histórias.” Os ingressos devem ser adquiridos no local, uma hora antes da apresentação. Sex sab e dom às 20h30min

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