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“Grupo de Bagé” e projeto sobre a arte da gravura

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“Grupo de Bagé” e projeto sobre a arte da gravura
O Instituto Goethe exibe nesta quarta (15/8), às 19h, o longa-metragem Grupo de Bagé, de Zeca Brito. A entrada é franca, com distribuição de senhas a partir das 18h. A sessão única será seguida de debate com o diretor, o jornalista Francisco Dalcol e o historiador Paulo Gomes, com mediação da pesquisadora Maria Amélia Bulhões. Na ocasião, será lançado o projeto O Poder da Multiplicação, realizado pelo Goethe a partir de setembro e que vai refletir sobre as questões da reprodução na arte. O projeto inclui exposição com 14 artistas brasileiros e alemães, website, atividades paralelas e um videogame. O documentário narra a história e o legado do Grupo de Bagé – movimento artístico do Rio Grande do Sul surgido nos anos 1940, protagonizado pelos pintores e gravadores Glênio Bianchetti, Glauco Rodrigues, Carlos Scliar e Danúbio Gonçalves. Realizado pela Anti Filmes e Boulevard Filmes, o longa apresenta depoimentos de teóricos como Néstor García Canclini e Nicolas Bourriaud, e de artistas plásticos, que incluem Anico Herskovits e Cildo Meireles, entre outros, que investigam a trajetória do grupo. – Partimos de uma recuperação biográfica e histórica do Grupo de Bagé, a contextualização artística, cultural e política da região em que viviam à época – relembra o diretor, que também assina o roteiro com Gladimir Aguzzi e a produção, com Letícia Friedrich, Frederico Ruas e Lourenço Sant’Anna. – Buscamos recuperar e compreender os elementos que estabeleceram as condições para que os jovens artistas alcançassem uma identidade estética própria e, cada um a sua maneira, conduzissem os ideais e as características artísticas e políticas do grupo que criaram – resume Brito. Para o cineasta, o Grupo de Bagé fez da gravura uma maneira de popularizar a arte, com temáticas realistas e de denúncia social. Um dos temas de destaque do documentário é a apropriação do trabalho do grupo pelo sistema das artes brasileiras, do pampa gaúcho aos palácios de Brasília. O projeto O Poder da Multiplicação – Arte Reprodutível na América do Sul e na Alemanha: Do Pré-Digital ao Pós-Digital ou da Gravura, Passando pelo Xerox, Até o 3D é uma contribuição artístico-teórica à reflexão sobre a questão da reprodução hoje em dia. Trinta anos após o surgimento dos meios digitais, com os quais o acesso à informação e à reprodução se tornaram naturais, questões a respeito dos fundamentos estruturais, da possibilidade da reprodução e de seus conteúdos voltam a ser discutidas. Os 14 artistas contemporâneos do Rio Grande do Sul e da Alemanha apresentados na exposição – que será apresentada no Margs, em setembro – lidam com essas questões de maneiras muito diferentes. O projeto conta com um site, uma exposição que será realizada no Brasil e na Alemanha, além de atividades paralelas, como visitas guiadas e debates, catálogo e um videogame, desenvolvido por um grupo de pesquisa da UFRGS, complementará a exposição, discutindo de maneira lúdica questões em torno da reprodutibilidade. Ensaios, entrevistas, fotos e vídeos no site oferecem a possibilidade de um aprofundamento no assunto e na análise das obras exibidas. […]

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