Em 1889, no Rio de Janeiro, uma morte em especial foi registrada pelos editores do panfleto O Meio, em necrológio assinado em conjunto por Pardal Mallet, Coelho Neto e Paula Ney. No pequeno jornal antimonarquista, os escritores abordam as relações homoeróticas na noite carioca, em um mundo de réplicas, tréplicas, apelidos e fofocas, onde não falta um caso de amor não correspondido. Segundo eles, em outros tempos Babá seria homenageado por amar tanto como os deuses no Olimpo e não mereceria apenas uma cova rasa. O escritor e pesquisador Jandiro Adriano Koch parte dessa efervescência cultural e noturna entre poetas, intelectuais e profissionais do sexo no Largo do Rocio para propor reflexões sobre a população LGBTQI+ na sociedade brasileira. Babá – Esse Depravado Negro que Amou (Libretos, 60 páginas) é um registro raro, que encontra na pesquisa acadêmica um longo caminho a ser percorrido. A obra tem lançamento na 65ª Feira do Livro de Porto Alegre. Nesta terça (5/11), às 16h o autor participa do debate LGBTQ+: Vivências Afetivos-Sexuais Instabilizadas em Tempos Sombrios, com Célio Golin, coordenador do Nuances (POA), na Sala O Retrato do Centro Cultural CEEE Erico Verissimo. E, às 17h30min, autografa o livro na Praça de Autógrafos. Jandiro Adriano Koch nasceu em Estrela, no interior do Rio Grande do Sul. É graduado em História pela Univates (2018) e especialista em Gênero e Sexualidade (2019). Tem quatro livros lançados, todos analisando vivências LGBTQI+ em região interiorana, no Vale do Taquari (RS). Trabalhou como servidor público concursado na Prefeitura Municipal de Estrela; na Procuradoria-Geral do Estado do Rio Grande do Sul e no Instituto Nacional do Seguro Social, em Lajeado (RS). Ter a partir das 16h
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