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José Miguel Wisnik lança livro no Centro Cultural da UFRGS

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José Miguel Wisnik lança livro no Centro Cultural da UFRGS
Nesta sexta (15/3), o compositor, músico, escritor e professor universitário José Miguel Wisnik lança no Rio Grande do Sul seu livro Maquinação do Mundo – Drummond e a Mineração a partir das 19h, na Sala Ipê do Centro Cultural da UFRGS. Além do lançamento de sua obra, em uma parceria entre Companhia das Letras e o Departamento de Difusão Cultural da UFRGS, o músico realiza sessão de autógrafos e conversará com Gonçalo Ferraz, poeta e professor do Departamento de Ecologia da UFRGS. O bate-papo versará sobre temas do processo de criação e da obra de Wisnik. Será a primeiro lançamento de obra literária no Centro Cultural da UFRGS, em uma nova modalidade de evento cultural a ser realizado durante o ano. O evento é gratuito e aberto ao público. Ensaísta, José Miguel Wisnik é também autor, entre outros textos, de O Som e o Sentido – Uma Outra História das Músicas (Companhia das Letras, 1989, 3ª edição, 2005), Sem Receita – Ensaios e Canções (Publifolha, 2004) e Veneno Remédio – O Futebol e o Brasil (Companhia das Letras, 2008). Em Maquinação do Mundo – Drummond e a Mineração, José Miguel Wisnik traz à luz um aspecto pouco conhecido da relação do poeta Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1987) com sua cidade natal, Itabira do Mato Dentro, em Minas Gerais. Itabira não foi para Drummond só uma lembrança provinciana da infância, foi uma experiência de mundo e uma ferida que o acompanharam a vida inteira. É que lá, justamente, teve início o processo agressivo de exploração industrial do ferro no Brasil – e um de seus resultados, com o passar do tempo e a criação da Companhia Vale do Rio Doce, foi a destruição, ainda quando o poeta vivia, de um ícone da memória da cidade, o pico do Cauê, e isso bem antes dos recentes desastres ambientais de Mariana e Brumadinho. Mais do que um levantamento documental dessa questão, o livro mostra como ela está presente de várias maneiras na poesia de Drummond, até mesmo quando ele aborda temas mais universais e metafísicos, como no seu famoso poema A Máquina do Mundo. Mas sua poesia tem um espectro largo e percorre todas as dimensões humanas. Atento ao que se passava em seu tempo e ao que se passava em si mesmo, o poeta, com sua lucidez, seu talento, sua ironia e sua compaixão – que se revela especialmente no poema Relógio do Rosário, também analisado por Wisnik -, nos ajudou e continua nos ajudando a sentir e a compreender melhor o mundo. Sexta 19h

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