O artista visual Leandro Machado apresenta exposição na Uruguai

O projeto Leandro Machado – Arqueologia do Caminho, que iniciou sua circulação nacional e internacional no Rio de Janeiro e em La Rochelle, na França, estreia neste sábado (1º/6), exposição de fotos e relançamento do livro com a presença do artista na Casa de la Cultura Afrouruguaya, em Montevidéu, no Uruguai. Na programação, haverá distribuição do livro com sessão de autógrafos e um bate-papo sobre o processo de criação com o público presente. A ideia do projeto Arqueologia do Caminho surgiu das andanças do artista em lugares periféricos da capital gaúcha. – Parece que as pessoas da cidade são somente aquelas que circulam pelo Centro, Cidade Baixa e Moinhos de Vento. Porto Alegre é tão mais ampla, vasta, poderosa! São lugares periféricos, mas, ao mesmo tempo, outros centros. Fui a lugares que desconhecia e só sabia o nome. Descobri uma outra Porto Alegre, às vezes até mais bonita do que a gente conhece – afirma Machado. A curadora Martina Weissgerber define: – Suas fotografias são um roaming memorial da identidade do homem em qualquer paisagem, tomada durante uma peregrinação diária. O trabalho de Leandro torna-se ainda mais significativo na atual situação política no Brasil: a arqueologia do caminho é um estudo artístico dos restos de uma civilização em perigo de desaparecer. A exposição fica em Montevidéu até o dia 15 de junho, com entrada gratuita, e reúne cerca de 20 fotos revelando uma Porto Alegre diferente, autêntica e descontruída pelo olhar do artista visual – que, acompanhado pelo fotógrafo Paulo Corrêa, percorreu diversos bairros registrando construções, paisagens, situações do cotidiano e pessoas que moram nessas regiões. A produção executiva é de Sabina Stephanou, da Stephanou Cultural, e o projeto é realizado com recursos do Governo do Estado do Rio Grande do Sul por meio do Pró-Cultura RS FAC – Fundo de Apoio à Cultura. Lenadro Machado é gaúcho de Porto Alegre, bacharel em Artes Visuais, habilitação Pintura, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com Licenciatura em Educação Artística também pela UFRGS. Realizou as exposições individuais Desenhos Esquemáticos, Presentes de Olhar, Otá ou Quando a Pedra Não Sabe que É Estátua. Foi ganhador do 1º Prêmio de Arte Contemporânea da Aliança Francesa de Porto Alegre.