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Opereta “A Peste” estreia primeira montagem

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Opereta “A Peste” estreia primeira montagem Foto: Guarim de Lorena/Divulgação

Produzida durante a pandemia da Covid-19 que assolou a humanidade ao longo de 2020 – e que ainda nos acomete quase um ano desde sua eclosão no Brasil – a opereta A Peste, escrita com música e libreto de Cyro Delvizio, um dos mais destacados violonistas, compositores e pesquisadores de sua geração, ganha sua primeira montagem em palco.

A estreia acontece em seis sessões, de 28 a 30 de março, às 18h e 21h, em Niterói, no Teatro Popular Oscar Niemeyer. A ópera será encenada em palco, sem a presença do público, com transmissão online e contribuição voluntária.

Previamente às sessões, haverá uma breve explicação do compositor sobre a obra, que, no final, também estará disponível no chat para conversar com os espectadores. Posteriormente, a opereta será divulgada exclusivamente nas redes sociais do projeto.

Reunindo no palco além do próprio Cyro Delvizio (violão), a soprano Manuelai Camargo, o tenor Guilherme Moreira, David Monteiro (narrador e baixo-voz), a flautista Clarissa Bomfim e o violoncelista Paulo Santoro, a narrativa traça paralelos com o momento atual da humanidade, porém ambientada na Síria.

Um Príncipe está retornando a Damasco após viagem diplomática, cantando sobre sua futura glória quando for coroado Sultão. Porém, logo enfrentará um grande dilema: após dar carona a uma velha senhora, ele descobre que ela é a Peste em pessoa justamente quando chegam aos portões de Damasco. A partir daí, o Príncipe se vê dividido entre seu instinto de autoproteção e seu sonho de ser o futuro Sultão, refletindo também sobre sua consideração por seu povo e sua cidade.

Inspirada na pandemia do coronavírus ainda vigente, o músico e compositor Cyro Delvizio realizou esforço pessoal não só para concretizar essa “transposição” entre as diferentes épocas, mas para criar uma obra metalinguística que fomentasse reflexões sobre este difícil e singular momento da civilização, atentasse para o zelo sanitário e ainda aproximasse o público leigo da ópera ao tratar de um tema atual e afeito a sua realidade: “em 2020, a montagem online autoproduzida –  também graças a vaquinha virtual –  foi pensada inicialmente para esta realidade remota e um pouco para colocar para fora os meus sentimentos durante o isolamento”, aponta Cyro Delvízio.

“Agora, com o apoio da Lei Aldir Blanc, conseguiremos não somente colocar a opereta em palco, mas fazer isso com toda a segurança que o momento exige: a equipe enxuta, poucos ensaios, curta duração do espetáculo (45 minutos) e teatro espaços. Até o palco grande propiciará o distanciamento dos físicos dos músicos e cantores, que também farão testes de COVID. Temos que nos reinventar e até reinventar o processo habitual de uma montagem desse tipo, com a responsabilidade de mostrar que é possível um retorno gradual de espetáculos como o nosso, mantendo a segurança em primeiro lugar”, conclui.

Os ingressos devem ser adquiridos online.

Foto: Guarim de Lorena/Divulgação

domingo, 28 a 30 de março de 2021 | 18h00 - 21h00

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